XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

A PREVALÊNCIA DE DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS (CHRON E RETOCOLITE ULCERATIVA) NO BRASIL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças inflamatórias intestinais (DIIs) compreendem, principalmente, a doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RU), que representam um grupo de condições inflamatórias crônicas, resultantes de ativação persistente e inadequada do sistema imune mucosos. Apesar de sua etiologia não ser totalmente esclarecida, acredita-se que fatores genéticos, ambientais e imunológicos tenham papel importante na patogênese. Nos últimos anos foi constatado crescimento na incidência e prevalência estimada de DII no Brasil, com maior número de casos nas regiões mais desenvolvidas. OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico dos últimos anos sobre a prevalência de doenças inflamatórias intestinais no brasil com ênfase em doença de Crohn e retocolite ulcerativa. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo de dados secundários que avalia as variáveis, faixa etária, região e internações por doença de Crohn e retocolite ulcerativa durante o período de setembro de 2017 a setembro de 2022. Foi utilizado dados obtidos pelo Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), buscando analisar o impacto ocasionado ao sistema de saúde por essas patologias.
RESULTADOS: Conforme o DATASUS, no período analisado, foram registradas 24.767 internações por doença de Crohn e retocolite ulcerativa no Brasil, divididas pelas regiões Sudeste com maiores números (11.637; 47%), seguida pelo Nordeste (5.709; 23%), Sul (4.523; 18,3%), Centro-Oeste (1.968; 7,9%), e com os menores o Norte (930; 3,8%). Quanto ao sexo, pela ocorrência de casos, lidera o feminino (13.070; 52,8%), e com um menor número, o masculino (11.697; 47,2%). As faixas etárias mais acometidas são de 20 a 29 anos (4.050), e de 30 a 39 anos (3.877), representando 32% do total. Ocorreram no país 610 óbitos, com predominância no Sudeste (297; 48,6%) e no Nordeste (158; 25,9%). A taxa de mortalidade geral no país é de 2,46%, tendo maior índice as regiões Norte e Nordeste, e menor Sul e Centro-Oeste.
CONCLUSÃO: As DIIs são problemáticas da saúde no Brasil de elevada prevalência. Posto isso, é necessário o desenvolvimento de políticas públicas da saúde mais efetivas, com melhor capacitação de profissionais e serviços de saúde, a fim de reduzir o tempo entre o início dos sintomas e o diagnóstico, aumentando as chances de um tratamento mais efetivo e impactando positivamente na evolução dessas enfermidades.

Área

Gastroenterologia - Intestino

Autores

Matheus Simões Oliveira, Rafaela Carneiro Almeida Formiga, Hallana Lucena Araujo, Victória Carneiro Almeida Formiga, Lahyse Oliveira Oliveira , Lívia Maria Pordeus Coura Urtiga , Pedro Palitot Pereira Pedrosa, Natália Araújo Barreto, Arthur Ribeiro Coutinho da Franca Pereira