Dados do Trabalho

Título

TRATAMENTO DE DISFAGIA ESOFÁGICA POR RESSECÇÃO DE LEIOMIOMA DA CARDIA APÓS COMPLICAÇÃO POR PUNÇÃO

Resumo

Apresentação do caso:
Paciente do sexo feminino, 42 anos de idade. Procurou acompanhamento médico após início de disfagia com dispepsia. Foi iniciada a sua investigação com endoscopia que evidenciou lesão subepitelial do esôfago distal. A mesma foi investigada com ecoendoscopia mostrando tratar-se de lesão da camada muscular principal do esôfago. Biópsias são contraindicadas nesta doença devido ao baixo valor diagnóstico associado ao alto risco de complicações, porém, no caso, a mesma foi realizada em outro serviço. Após a biópsia a paciente evoluiu com complicações, abscesso mediastinal tratado com drenagem percutânea e antibioticoterapia.
A paciente foi então encaminhada ao nosso serviço após resolução desta complicação. Apresentava ainda queixas de disfagia e dor retroesternal, com perda de aproximadamente 10 Kg.
A paciente apresentou boa evolução, com realimentação no primeiro dia do pós-operatório (PO) e alta no segundo dia de PO.

DIscussão
Leiomioma esofágico é tumor raro, todavia é a lesão benigna mais comum do esôfago. Tem incidência de 1:100 000 habitantes, acomete duas vezes mais homens do que mulheres, principalmente entre a terceira e quarta década de vida. É encontrado principalmente no terço inferior do esôfago. Origina-se de células do músculo liso esofágico. Essa doença possui curso clínico indolente. Sua sintomatologia é determinada principalmente pelo tamanho do tumor, sendo que entre os principais sintomas estão a disfagia, a dor ou desconforto retroesternal, a dispepsia e a perda de peso, no entanto cerca de 50% dos pacientes são assintomáticos.


Considerações finais
O tratamento cirúrgico através da ressecção tumoral seguida de hiatoplastia e fundoplicatura foi a conduta de escolha para evitar uma evolução com refluxo gastroesofágico, uma vez que a anatomia da transição esôfago-gástrica da paciente já havia sido alterada.

Área

Cirurgia - Esôfago