XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

TUMOR GLÔMICO EM ESTOMAGO EXCLUSO DE PACIENTE COM BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX: RELATO DE CASO.

Resumo

APRESENTAÇÃO DO CASO: S.A.B, 49 anos, feminino, histerectomia prévia há 23 anos em razão de miomas uterinos (SIC) e gastroplastia redutora devido a obesidade há 18 anos, sem outras comorbidades. No inicio de 2021 foi infectada por Covid 19 e coincidentemente iniciou com quadro de dispneia e cansaço aos pequenos esforços evoluindo em poucos meses com extrema palidez e melena. Aos primeiros exames foi constatada anemia (HB: 5,0 / HT 17,5), fazendo-se necessárias consecutivas transfusões sanguíneas. Após passar por várias consultas médicas e alguns exames como endoscopia digestiva alta, cápsula endoscópica, enteroscopia com duplo balão e cintilografia, todos inconclusivos para o foco do sangramento, a paciente foi submetida a laparotomia exploratória onde isolou-se o estomago remanescente e concomitantemente foi realizado uma endoscopia intraoperatória adentrada pelo estômago excluso, resultado de sua gastroplastia redutora em Y de Roux. Identificado lesão de aproximadamente 4 cm no seu maior diâmetro, na submucosa do antro gástrico, com evidencias de sangramento em porejamento bem como moderada quantidade de sangue residual na cavidade gástrica. No mesmo instante foi realizada gastrectomia total do estômago remanescente e posteriormente o material foi encaminhado para anatomopatológico seguido da análise imunohistoquimica tendo como diagnóstico comprobatório final: Tumor Glômico Gástrico. DISCUSSÃO: Os tumores glômicos são entidades raras e aqueles que envolvem o estômago são ainda menos comumente relatados. Entre os sintomas mais comuns estão a epigastralgia e sangue nas fezes. Não há diagnóstico por exames de imagens e as biopsias endoscópicas nem sempre apresentam amostras suficientes. O padrão-ouro é dado pela imunohistoquimica com expressão de marcadores mesenquimais. A grande maioria das apresentações deste tumor é dada como lesões benignas, salvo por raros casos de comportamento maligno com capacidade de metastatização, principalmente quando maiores que 5 cm. O manejo atual envolve ressecção cirúrgica com margens livres uma vez que ainda não há protocolos e consensos estabelecidos de estadiamento e seguimento deste tumor. COMENTÁRIOS FINAIS: Visto que o caso foi de complexo diagnóstico bem com inesperado resultado de um raro tumor de estômago, paciente se beneficiou do tratamento cirúrgico e encontra-se assintomática com exames laboratoriais e de imagem normais, segue acompanhada pela equipe médica dada imprevisibilidade de progressão da doença.

Área

Cirurgia - Miscelânea

Autores

Nayla Nayara De Souza, Carolina Cortezzi Ribeiro Do Nascimento, Gilberto Polo, Renisa Maiara Maróstica, Pâmella Andressa Pereira El Majzoub