XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Parks – CARE: novo método mnemônico para orientar o tratamento das fístulas anorretais

Resumo

Introdução
A padronização do tratamento das fístulas anorretais, principalpente as complexas, é um desafio. Para orientar a conduta, muitas classificações foram criadas. As mais detalhadas, pela sua complexidade e dificuldade de memorização acabaram por não se estabelecer. Mesmo as mais utilizadas, que passaram pelo crivo do tempo, como a de Parks, persistiram de forma mais simplificada.
A complexidade potencial dos casos e a heterogeneidade de apresentação dos pacientes faz com que tenhamos a necessidade de conhecer e disseminar as classificações mais úteis nos dias de hoje, a fim de nos guiar para uma melhor conduta diagnóstica e terapêutica. Temos dois grandes estímulos: poder realizar a melhor condução de cada caso e passar esse conhecimento de forma simples e duradoura aos médicos em formação.
Proposta
Podemos elencar cinco fatores principais a serem observados para definir a conduta: anatomia, continência, abscesso, recorrência e etiologia. Partindo do pressuposto de que a classificação de Parks é a mais difundida no ocidente e define basicamente a anatomia, criamos um método mnemônico, a fim de orientar alunos e residentes que frequentam nosso ambulatório, sobre os pontos importantes a serem lembrados no cuidado (care) dos pacientes com fístulas anorretais: o Parks – CARE. Nele avaliamos a anatomia (classificação de Parks), o estado atual e os riscos à continência (C, de continência ou continence) a presença de lojas e abscessos agudos ou crônicos (A, de abscesso ou abscess), a história de recidiva (R, de recidiva ou recurrence) e a etiologia presumida (E, de etiologia ou etiology).
Conclusão
Sem a pretensão de apresentar uma nova classificação, mas reforçando a mais difundida e acrescentando aspectos essenciais a serem observados, este método de memorização tem auxiliado nosso trabalho de ensino e pode ajudar outros médicos e cirurgiões em formação e aqueles não tão afeitos à coloproctologia a se lembrarem do que é mais importante na avaliação clínica dos pacientes com fístulas anorretais.

Área

Cirurgia - Cólon

Autores

José Américo Bacchi Hora, Carlos Walter Sobrado Jr, Caroline Freitas Cirenza, Sérgio Carlos Nahas