XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

MORTALIDADE POR DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA NO BRASIL DE 2011 A 2020

Resumo

Introdução:A bebida alcoólica foi a substância psicoativa mais consumida no mundo no ano de 2017, tal consumo tem relação direta com a causa de diversas patologias, sendo a Doença Hepática Alcoólica (DHA) a de maior prevalência e mortalidade. A DHA caracteriza-se pelos danos no fígado causados pelo consumo excessivo de álcool e inclui esteatose hepática, hepatite alcoólica e cirrose, por isso, é uma patologia com grande relevância para a saúde pública.
Objetivos: Descrever o perfil de mortalidade por Doença Hepática Alcoólica no Brasil, durante o período de 2011 a 2020, comparando o sexo, a faixa etária, cor/raça e a região brasileira.
Métodos: Realizou-se um estudo epidemiológico transversal quantitativo utilizando a base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil - DATASUS, via ferramenta TABNET, selecionando o painel de monitoramento da mortalidade CID-10, filtrando por ano, faixa etária, óbitos, cor/raça e sexo de 2011 a 2020.
Resultados: No período, ocorreram 103.711 óbitos por Doença Alcoólica do Fígado. Sendo 12.146 (11,7%) feminino, 91.551 (88,2%) masculino e 14 (0,01%) ignorado. Por faixa etária, 56 (0,05%) óbitos de 10 a 19 anos,12.584 (12.1%) de 20 a 39 anos, 57.793 (55,7%) de 40 a 59 anos, 30.421 (29,3%) de 60 a 79 anos, 2.711 (2,6%) com 80 anos ou mais e 146 (0,1%) com idade ignorada. Por cor/raça, 42.338 (40.8%) óbitos por brancos, 46.621(44.9%) pardos, 9.801 (9,46%) pretos, 354(0,34%) amarelos, 341(0,32%) indígenas e 4.256 (4,1%) ignorados. Por região, 40.998 (39,5%) na Sudeste, 32.522 (31,3%) na Nordeste, 16.813 (16,2%) na Sul, 9.051(8,7%) na Centro-Oeste e 4.327(4,1%) na Norte.
Conclusão: Com base nesse estudo observa-se que, na última década, os pacientes masculinos tiveram maior prevalência de mortalidade por DHA, além da faixa etária de 40 a 59 anos. Ademais, a cor/raça parda teve predomínio se comparada às outras, com uma menor taxa de óbitos entre indígenas. Já na classificação por região, a Sudeste foi a que mais registrou óbitos no período estudado. Por fim, fica evidente a necessidade de políticas públicas e de campanhas para a conscientização da população acerca dos malefícios do consumo excessivo de álcool, tendo em vista seu impacto significativo na saúde pública e na vida dos indivíduos.

Área

Gastroenterologia - Fígado

Autores

Vivian Glória Coutinho da Silva, Antonio Vinícius Barros de Araújo