Dados do Trabalho

Título

RELATO DE CASO: LESÃO POLIPOIDE VOLUMOSA EM CÓLON TRANSVERSO

Resumo

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente masculino, 52 anos, admitido em um hospital terciário da cidade de Curitiba (PR) com queixa de dor abdominal difusa e contínua, com três meses de progressão. Além disso, apresentava hiporexia e alteração súbita do hábito intestinal. Apresentava no início aumento dos episódios de evacuação, 3 episódios ao dia, de característica líquida. Evoluiu com constipação e fezes em fita com alguns episódios de fezes enegrecidas. Teve perda ponderal de 4 quilos no último mês. Ao exame físico encontrava-se em bom estado geral e sem particularidades. Possuía colonoscopia prévia, realizada há 1 mês, evidenciando ampla lesão polipoide em transverso proximal não transponível, biopsiada e tatuada distalmente, com anatomopatológico mostrando pólipo hiperplásico. Realizada abordagem cirúrgica no dia seguinte com visualização de lesão fibroelástica intraluminal de aproximadamente 5x5 cm em cólon transverso, seguida de intussuscepção. Prosseguiu-se com hemicolectomia direita. Teve boa evolução no pós-operatório e recebeu alta no sétimo dia. Resultado anatomopatológico de peça cirúrgica demonstrou linfonodos sem particularidades e margens livres de neoplasia. DISCUSSÃO: Os pólipos serrilhados são classificados em pólipos hiperplásicos (PH), adenoma séssil serrilhado e adenoma serrilhado tradicional. Os PH são o tipo mais comum e tem baixo potencial de malignidade. O quadro clínico é geralmente assintomático. Quando há sintomas, os mais frequentes são sangramento retal, geralmente oculto e raramente maciço. São descobertos, em geral, durante exames de rastreamento. Os PH normalmente têm diâmetro inferior a 5 mm, são sésseis e mais encontrados no cólon distal e no reto. O tratamento é feito através da polipectomia ou abordagem cirúrgica. COMENTÁRIOS FINAIS: Os pólipos hiperplásicos possuem, em geral, diâmetro inferior a 5 mm e se localizam no cólon distal e no reto. Ao relatar um caso de uma lesão polipóide volumosa em cólon transverso é possível analisar o quadro clínico que pode ser encontrado em pacientes com lesões semelhantes, além de oferecer uma experiência prévia no manejo e evoluir em condutas futuras.