Dados do Trabalho
Título
Diverticulectomia Esofágica Transhiatal Robótica
Resumo
APRESENTAÇAO DO CASO: Paciente 61 anos, feminino, IMC:26, com queixa de disfagia baixa há 2 anos, inicialmente para alimentos sólidos com piora nos últimos 2 meses progredindo para alimentos líquidos associado a perda ponderal de 6kg. Antecedente pessoal de artrite reumatoide, sem outras comorbidades. Realizada investigação diagnóstica com endoscopia digestiva alta, esofagograma baritado e manometria esofágica, sendo evidenciado a 35cm da arcada dental superior óstio diverticular de 3 cm em parede póstero-lateral esquerda, divertículo epifrênico de 4,2cm com estase alimentar, associado a alterações de motilidade esofágicas compatíveis com espasmo esofagiano. Devido a presença de sintomas foi indicado tratamento cirúrgico. A cirurgia realizada foi a diverticulectomia transhiatal associada a miocardiotomia distal e esofagogastrofundoplicatura 270º-Postero-latero-anterior pela via robótica. Paciente evoluiu sem complicações no pós-operatório, alimentando-se para líquidos no 8º dia e recebendo alta no 10º dia.
DISCUSSÃO: O divertículo epifrênico esofágico (10cm distais do esôfago) é uma doença rara que em geral tem por fisiopatologia o mecanismo de pulsão, quando a mucosa e submucosa herniam através da camada muscular devido a hipertensão intraluminal causada por distúrbio motor subjacente, sendo em primeiro lugar acalasia e em segundo o espasmo esofagiano. A apresentação clínica pode ser assintomática ou com sintomas como: Disfagia, regurgitação, pirose e dor retroesternal. A abordagem diagnóstica é realizada através da endoscopia digestiva alta, esofagograma baritado e manometria esofágica com ou sem a phmetria. O tratamento está indicado nos casos sintomáticos, uma vez que complicações cirúrgicas como deiscência, fistula e mediastinite podem conferir alta morbimortalidade. A técnica consiste na diverticulectomia por via torácica ou abdominal, associado a cardiomiotomia para correção do distúrbio motor com tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico através da fundoplicatura parcial. Atualmente a via minimamente invasiva é a via de escolha para as patologias benignas do esôfago, seja por cirurgia robótica ou laparoscópica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: A cirurgia minimante invasiva do esôfago distal confere menor morbidade com melhor recuperação pós-operatória, além de facilitar de exposição e visualização do hiato esofágico. A cirurgia robótica tem como vantagem em relação a laparoscopia a melhor definição de imagem e facilidade na dissecção e sutura.
Área
Cirurgia - Esôfago
Autores
Rubens Antonio Aissar Sallum, Flavio Roberto Takeda, Italo Beltrão Pereira Simões, Leonardo Ervolino Corbi, Camila Maria Arruda Vilanova De Câmara, Felipe Alexandre Fernandes, Rodrigo Nicida Garcia, Melissa Mello Mazepa, José Donizeti Meira Junior, Ivan Cecconello, Luiz Augusto Carneiro D'Albuquerque