Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE DO NÚMERO DE ÓBITOS POR PANCREATITE AGUDA NO BRASIL ENTRE 2011 E 2021: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

Resumo

Introdução: A pancreatite aguda é a doença gastrointestinal mais comum em países desenvolvidos, tendo uma taxa de incidência de 34 por 100.000 pessoas por ano. No Brasil, entre 2011 e 2021, 344.393 pessoas foram internadas por pancreatite aguda, mostrando a importância dessa doença para a saúde pública brasileira. Diversas são as causas de pancreatite aguda, destacando-se os cálculos biliares e a ingestão abusiva de álcool. Dada a diversidade de etiologias, faz-se necessário o estudo do perfil dos óbitos por pancreatite aguda, auxiliando na elaboração de medidas preventivas direcionadas. Objetivos: Descrever o perfil dos óbitos por Pancreatite Aguda no período de 2011 a 2021. Métodos: Realizou-se um estudo epidemiológico transversal quantitativo por meio da base de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil - DATASUS, selecionando o painel de monitoramento de mortalidade pelo CID-10. Foram coletadas informações por sexo, faixa etária, cor/raça, região e escolaridade. Resultados: No período, ocorreram 42.411 óbitos por Pancreatite Aguda, sendo 25.936 (61,1%) do sexo masculino, 16.467 (38,8%) do sexo feminino e 8 (0,01%) ignorados. Por faixa etária, 107 (0,25%) óbitos tinham de 0 a 14 anos, 182 (0,42%) de 15 a 19 anos, 1.566 (3,69%) de 20 a 29 anos, 4.357 (10,27%) de 30 a 39 anos, 6.440 (15,18%) de 40 a 49 anos, 7.312 (17,24%) de 50 a 59 anos, 7.420 (17,49%) de 60 a 69 anos, 7.460 (17,58) de 70 a 79 anos, 7.509 (17,70%) de 80 anos ou mais e 58 (0,13%) com idade ignorada. Por cor/raça, ocorreram 21.608 (50,94%) óbitos de brancos, 15.436 (36,39%) de pardos, 3.461 (8,16%) de pretos, 212 (0,49%) de amarelos, 96 (0,22%) de indígenas e 1.518 (3,57%) ignorados. Por região, 2.318 (5,46%) óbitos ocorreram na região Norte, 9.034 (21,30%) na região Nordeste, 20.557 (48,47%) na região Sudeste, 6.936 (16,35%) na região Sul e 3.566 (8,40%) na região Centro-Oeste. Por escolaridade, ocorreram 5.106 (12,03%) óbitos de pessoas com nenhum grau de escolaridade, 9.990 (23,55%) com 1 a 3 anos de estudo, 9.467 (22,32%) com 4 a 7 anos, 7.226 (17,03%) com 8 a 11 anos, 2.197 (5,18%) com 12 anos ou mais e 8.425 (19,86%) ignorado. Conclusão: Percebeu-se que o número de óbitos predominou no sexo masculino. Além disso, notou-se que os óbitos aumentaram com a idade; no entanto, não foram percebidas grandes diferenças entre os grupos etários maiores de 50 anos. Por fim, o número de óbitos foi maior entre brancos e entre pessoas com 12 anos ou mais de estudo.