Dados do Trabalho
Título
PERFIL DOS PACIENTES COM HEPATITES VIRAIS ATENDIDOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO NORDESTE BRASILEIRO
Resumo
INTRODUÇÃO: As hepatites virais são doenças causadas por diferentes agentes etiológicos, que têm em comum o hepatotropismo. Possuem semelhanças do ponto de vista clínico-laboratorial, mas apresentam importantes diferenças epidemiológicas quanto à sua evolução. Ademais, a infecção pelos vírus da hepatite pode evoluir para uma doença hepática crônica que é um fator importante para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular, uma neoplasia maligna que pode levar o paciente a necessitar de transplante de fígado.
OBJETIVO: Avaliar o perfil dos pacientes com diagnóstico de hepatite virais atendidos em um Hospital Universitário.
MÉTODOS: Trata-se de estudo observacional, longitudinal e retrospectivo. Os dados foram coletados a partir de banco de dados do Serviço de Hepatologia do Hospital Universitário Walter Cantídio.Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS, versão 22.0, nível de significância p<0,05. Foram excluídos os pacientes com idade inferior a 18 anos.
RESULTADO: Participaram 110 pacientes, 89,1% tinha hepatite viral do tipo B (n=98) e 3,6% do tipo C (n=4), sendo 72,7% do sexo masculino (n=80) e 27,3% feminino (n=30), com média de idade 54,42 (±13,55) anos, sendo 35,5 % acima de 60 anos (n=39). 9,1% afirmaram histórico de etilismo (n=10) e 8,2% de tabagismo (n=9), apenas um paciente possui HIV positivo (0,9%). Em relação a outras patologias hepáticas: 5,5% possuíam DHGNA (n=6), 1,8% hepatite autoimune (n=2), 68,2% cirrose (n=75), 16,4% hepatocarcinoma (n= 18) e 50% tinham histórico prévio de transplante hepático. Não houve associação entre a infecção por Vírus da hepatite B e idade (p=0,323), sexo (p=0,196), histórico de etilismo (p=0,299) e tabagismo (p=0,339) e ser HIV positivo (p=0,891). Não houve associação entre a infecção por Vírus da hepatite C e idade (p=0,168), sexo (p=0,299), histórico de etilismo (p=0,679) e tabagismo (p=0,707) e ser HIV positivo (p=0,964).
CONCLUSÃO: Corroborando com a literatura atual é evidente a maior capacidade de cronicidade da hepatite pelo vírus B, em comparação com a hepatite viral C. Assim, no grupo amostral observou-se que 68,2% dos pacientes possuíam cirrose hepática e 50% possuía histórico de transplante hepático. Portanto, é necessário o emprego de medicações mais eficazes contra a hepatite pelo vírus B e intervenções para a prevenção da infecção por ambos os vírus.
Área
Gastroenterologia - Fígado
Autores
SIMÃO BARBOSA SILVA, Leonardo Freire Alves Nogueira, Francisca Isabelle Silva Sousa, MARIA TEREZA OLIVEIRA PEREIRA SANTOS, SÂMYA CORREIA MARQUES, CEZAR NILTON RABELO LEMOS FILHO, VICTÓRIA DANIELLY RABELO ALMEIDA, MATEUS MENDES SANTOS FREIRE, LUIZ EDUARDO SOARES MARTINS, GUILHERME MARTINS OLIVEIRA, THAIS CARVALHO ABREU, RAIZA LIMA SILVA, GABRIEL LUCAS FERREIRA SILVA, JOSÉ MILTON CASTRO LIMA, VIVIAN GLÓRIA COUTINHO SILVA