XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA MORTALIDADE POR DOENÇA HEPÁTICA TÓXICA NO BRASIL ANTES E DURANTE A PANDEMIA DO SARS-CoV-2 ENTRE OS ANOS DE 2017 E 2022

Resumo

Introdução: A doença hepática tóxica é um acometimento inflamatório do fígado geralmente associado ao uso de agentes químicos nocivos, que, durante o período pandêmico, sofreram o aumento do consumo para, de alguma forma, suavizar o quadro psicológico perante um momento de grande turbulência social, destacando-se o consumo de álcool, de drogas ilícitas e de fármacos sem prescrição médica. Objetivos: Realizar uma análise retrospectiva dos óbitos por doença hepática tóxica no Brasil de janeiro de 2017 a agosto de 2022. Metodologia: Estudo de cunho documental, descritivo e transversal, a partir da análise de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), pertencente ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A amostra possui o número de óbitos compreendidos nas categorias do CID-10 K71. As variáveis de interesse para pesquisa são: região, faixa etária, sexo biológico, cor e ano de processamento do óbito. As variáveis foram tabuladas no programa Microsoft Office Excel 2016 e estruturadas por estatística descritiva. Resultados: Foram notificadas 949 mortes por doença hepática tóxica, sendo 49,84% (n=473) antes e 50,16% (n=476) durante a pandemia. Em relação ao sexo, os homens são a maioria tanto antes quanto durante a pandemia (respectivamente: 52,64% e 51,68%), predominando a faixa etária de 70-79 anos (n=91;19,24%) antes e 60-69 anos (n=119;25%) durante a pandemia. A maioria dos casos foi registrado na região Sudeste em todo o período (n=199;42,07% antes e n=205;43,07% durante) e a minoria na região Norte (n=38;8,03% antes e n=30;6,30 % durante), com predomínio dos casos para a cor branca em todo o período (n=206;43,55% antes e n= 217;45,59% durante). O ano de 2019 foi o que apresentou maior mortalidade antes da pandemia (n=162;34,25%) e 2021 durante (n=217;59,00%). Conclusão: No período da pandemia do SARS-CoV-2 houve leve aumento dos óbitos por doença hepática tóxica (n=3). No entanto, o perfil epidemiológico dos pacientes foi diferente nos períodos analisados, a faixa etária se tornou mais jovem, reduzindo-se em um intervalo de uma década.

Área

Gastroenterologia - Fígado

Autores

Luiz Eduardo Soares Martins, Cezar Nilton Rabelo Lemos Filho, Guilherme Martins Oliveira, Gabriel Lucas Ferreira da Silva, Leonardo Freire Alves Nogueira, Maria Tereza Oliveira Pereira Santos, Sâmya Correia Marques, Victória Danielly Rabelo Almeida, Mateus Mendes Santos Freire, Simão Barbosa Silva, Thais Carvalho de Abreu, Raiza Lima Silva, Francisca Isabelle da Silva e Sousa