XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

TERAPIA À VÁCUO PARA TRATAMENTO DE FÍSTULAS TARDIA PÓS – SLEEVE GÁSTRICO: RELATO DE UM CASO

Resumo

APRESENTAÇÃO: feminina, 38 anos, submetida à gastroplastia vertical há 7 meses, evolui com dor abdominal e abdome agudo perfurativo. Submetida a laparotomia, não sendo identificada causa de perfuração. Realizada limpeza e drenagem da cavidade. EDA identificou orifício fistuloso em ângulo de Hiss, além de septo com 1cm junto ao orifício. TC tóraco-abdominal evidenciou formação de abscesso na base pulmonar esquerda, configurando comunicação do tórax com abdome. Instalado terapia à vácuo por 10 dias, recebendo alta com duplo J entre fístula digestiva e sleeve. 15 dias após alta, retorna com piora clínica e radiológica, sendo submetida a nova terapia à vácuo por 30 dias com intervalo de troca do vácuo a cada 10 dias, com fechamento de fístula e resolução do caso. DISCUSSÃO: A gastroplastia vertical é uma das técnicas cirúrgicas laparoscópica mais realizadas no mundo. Vazamentos na linha de grampo ocorre em cerca de 5,3 a 40% dos pacientes. O surgimento das fístulas pós operatórias representa grave complicação que pode ocorrer nos pacientes submetidos ao tratamento operatório da obesidade. A terapia à vácuo endoscópica surgiu como técnica terapêutica promissora no tratamento de fístulas bariátricas e gastrointestinais agudas, sendo eficaz por ser menos invasiva, menor morbidade e associado a um baixo custo. Permite a recuperação em menor tempo, podendo evitar reabordagens cirúrgicas e oferecer menor permanência hospitalar. É fundamental entender que pacientes com defeitos transmurais, especialmente aqueles com vazamentos, permanecem desafiadores e uma abordagem individualizada é necessária. A decisão de concluir a terapia deve ser baseada no estado clínico, nos achados endoscópicos e estudo de imagem. CONCLUSÕES: A terapia endoscópica tem vários mecanismos para promover a cicatrização. Por essa razão, tornou-se a técnica preferida para o manejo de defeitos transmurais especialmente na Europa e no Brasil. As técnicas endoscópicas para tratar complicações após cirurgia bariátrica são viáveis, seguras e eficazes, quando a abordagem correta é indicada. Todas as terapias têm vantagens e desvantagens potenciais, e as decisões de tratamento devem ser individualizadas.

Área

Endoscopia - Endoscopia digestiva alta

Autores

LARISSA CAVALCANTI BARROS, WALKÍRIA RÉGIA FERREIRA SOUSA DE SÁ, HUNALDO LIMA DE MENEZES, NILZA MARIA LOPES MARQUES LUZ, ROGÉRIO MONTEIRO SANTOS, NATHANA DE OLIVEIRA TOJAL