Dados do Trabalho

Título

Ferimento por arma de fogo em paciente instável: Relato de Caso

Resumo

Apresentação do caso: Paciente, sexo masculino, 37 anos, natural do interior paulista, foi trazido pelo resgate ao Hospital Regional de Presidente Prudente (HRPP) devido a 4 perfurações por arma de fogo, duas no membro superior direito e duas na região abdominal. Na admissão realizado atendimento seguindo protocolo do Suporte de Vida Avançado no Trauma (ATLS), apresentava-se com o dispositivo de Intubação Orotraqueal e Ventilação mecânica. Visualizado orifício de entrada na região de hipocôndrio direito, sem orifício de saída. O paciente se encontrava-se instável hemodinamicamente. Realizado uma laparotomia exploradora e identificado uma lesão hepática nos seguimentos VI e VII de 6 centímetros, na qual foi realizado a técnica de hepatorrafia juntamente com a técnica de hepatectomia parcial e deixado dreno de penrose em hilo hepático. O paciente foi encaminhado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e transferido para a enfermaria. Recebendo alta hospitalar no oitavo dia de pós operatório.
Discussão: Os ferimentos hepáticos ocorrem em aproximadamente 40% das lesões provocadas por arma branca e em 30% daquelas por arma de fogo. No caso relatado, paciente segue a maioria, com lesão hepática grave.
Os FAF em região toracoabdominal à direita, a maioria dos pacientes apresentam lesões torácicas (hemotórax/contusão pulmonar) e lesões em órgãos sólidos, como fígado e rim direito, sendo que o fígado é o órgão mais frequentemente acometido no trauma abdominal e na região toracoabdominal direita.
Frequentemente, as lesões de grau I a III são consideradas menores e conduzidas, seguramente, com tratamento não operatório. Em contraste, quase dois terços dos casos com lesões graus IV e V requerem cirurgia imediata. O paciente relatado apresentou lesão Grau IV, com sangramento ativo, desta forma a cirurgia de urgência, e que tratou paciente, diminuindo a mortalidade imediata.
O manejo dos pacientes vítimas de traumas abdominais segue protocolos de acordo com o tipo de trauma e com base nos aspectos hemodinâmicos. Pacientes instáveis hemodinamicamente contribui de forma significativa com abordagem cirúrgica nesse tipo de ferimento, sendo aceita na maioria dos serviços de atendimento ao traumatizado vítima de perfuração abdominal por projétil de arma de fogo.
Conclusão: Trauma abdominal penetrante com lesão hepática, é uma condição grave, entretanto em pacientes instáveis hemodinamicamente é a única conduta que diminui a mortalidade.