XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

HEMANGIOMA CAVERNOSO EXOFÍTICO DE FÍGADO SIMULANDO GIST

Resumo

APRESENTAÇÃO DO CASO
Paciente de sexo masculino, 40 anos, sem antecedentes. Iniciou quadro de dor abdominal após atividade física intensa. Realizada TC de abdome inicialmente mostrando formação expansiva lobulada no ligamento hepatogástrico junto ao lobo hepático esquerdo e íntimo contato com pequena curvatura e fundo gástrico, sem planos de clivagem, heterogênea, com áreas centrais hipoatenuantes sugestivas de necrose, medindo 8,2x7,8cm, sugestivo de GIST. Solicitada EDA, mostrando área de abaulamento junto à parede anterior do fundo/corpo proximal, com mucosa íntegra. A RNM mostrou formação lobulada, com alto sinal em T2, realce globuliforme progressivo e incompleto pelo contraste, exofítico no segmento II, insinuando para a região do ligamento hepatogástrico, medindo 7,7x6,7cm. Realizada Ecoendoscopia, evidenciando nódulo hiperecogênico, irregular, heterogêneo, pouco maior que 6 cm, com biópsia comprovando Hemangioma Hepático. Marcadores tumorais normais. O paciente foi submetido à hepatectomia segmentar lateral esquerda por videolaparoscopia, sem intercorrências, com boa evolução clínica, recebendo alta hospitalar no 2º dia de pós-operatório.

DISCUSSÃO
Os Hemangiomas Hepáticos são os tumores hepáticos benignos mais frequentes. Em geral são assintomáticos, únicos e prevalentes no sexo feminino. Normalmente são mantidos sob vigilância clínica e imagiológica, porém, lesões de maiores dimensões podem causar sintomas como dor abdominal, febre, náuseas e plenitude gástrica.

COMENTÁRIOS FINAIS
Os Hemangiomas Hepáticos maiores que 5cm são considerados gigantes e frequentemente sintomáticos, sendo que os maiores que 10cm apresentam elevado risco de ruptura e sangramento. Quando os sintomas causam impacto na qualidade de vida do paciente, há indicação para o tratamento cirúrgico. Dentre as opções de tratamento temos a ressecção segmentar, lobectomia, ligadura vascular ou angioembolização. Quando possível, a ressecção segmentar pode ser realizada por videolaparoscopia, sob os cuidados de uma equipe bem treinada, para menor trauma e melhor recuperação pós-operatória.

Área

Cirurgia - Fígado

Autores

Thiago Azevedo Raphael Leite, Juliana Megumi Maciel Arie, Cássia Caroline Emílio, Bárbara Mançor Lacerda Silva, Pedro Luiz Bertevello