XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Tratamento multidisciplinar endoscópico e cirúrgico após Boerhaave em um paciente com esofagite eosinofílica

Resumo

Apresentação do Caso: Paciente de 44 anos, do sexo masculino, com história de Esofagite Eosinofílica (EE), sem tratamento. Antecedente de um episódio de disfagia intensa com sensação de corpo estranho que melhorou após forçar o vômito há 10 anos. HMA: O paciente apresentou disfagia intensa e engasgo pós-prandial, que não melhorou com repetidas tentativas de vómito. Dentro das primeiras 24 horas realizou-se uma TC que mostrou pneumomediastino e derrame pleural bilateral. Após 48 horas do início do quadro clínico realizou-se a primeira endoscopia em hospital externo onde observa-se uma perfuração esofágica.
Na primeira avaliação nosso serviço as 72 horas do início do quadro o paciente se encontra estável, com diminuição do MV bilateralmente com Saturação de 88% ar ambiente que melhora a 94% com 2 L/min por cânula nasal. Realizada nova endoscopia com achados de laceração superficial na parede lateral direita do esôfago desde os 22 cm até os 39 cm da ADS, além de uma perfuração na parede lateral direita desde os 39 cm até os 44 cm da ADS. Iniciou-se tratamento com vácuo endoscópico modificado em posição intracavitária e troca do vácuo depois de 72 horas. Cirurgia torácica realizou drenagem torácico mais colocação de drenos bilaterais, com achados bioquímicos de exsudato. Depois de 9 e 13 dias de iniciado o quadro se realizou trocas do vácuo endoscópico intracavitário com dreno de Blake, além de vácuo intraluminal modificado com Endosponge. TC aos 14 dias de iniciado o quadro mostra empiema grau III no pulmão esquerdo optado por decorticação com VATS aos 16 dias. Após 22 dias se realiza troca de vácuo endocavitário por dreno de pigtail alocado na coleção para drenagem intraluminal do esôfago. Foi realizada septotomia para ampliação da drenagem de pús em dois tempos, posteriormente, realiza-se EED, não sendo observada extravasamento. O paciente recebeu dieta com boa tolerância, sem complicações.

Discussão: O tratamento endoscópico é minimamente invasivo, efeitvo, com menor morbidade, no tratamento de perfurações no esôfago, com menor morbidade e menor risco de estenose, incluindo pacientes com Esofagite Eosinofílica. Apresentamos neste caso o succeso clínico e técnico com ao tratamento endoscópico com vácuo modificado, septotomia e decorticação pulmonar cirúrgica

Conclusão: O tratamento multidisciplinar possibilitou o sucesso na condução desse caso com abordagens das equipes no momento ideal, somado a um tratamento endoscópico minnimamente invasivo

Área

Endoscopia - Miscelânea

Autores

Diego Paul Cadena Aguirre, João Guilherme Ribeiro Jordão Sasso, Melissa Mello Mazepa, Diogo Turiani Hourneaux de Moura , Victor Lira de Oliveira, Evellin Souza Valentim dos Santos, João Remí de Freitas Junior, Igor Logetto Caetité Gomes, Rubens Antônio Aissar Sallum, Eduardo Guimarães Hourneaux de Moura