XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLINÍCO EPIDEMIOLÓGICO E HISTOPATOLÓGICO DE TUMORES NEUROENDÓCRINOS GÁSTRICOS TIPO I EM HOSPITAL DO RIO DE JANEIRO(2022)

Introdução

DE OLIVEIRA, Paula Morais Gomes. DE BARROS, Marina Dodsworth. IACHAN, Alexandre Saraiva. DA SILVA, Simone Guaraldi. DE MENDONÇA, Felipe Alves Mota Rebello. WARRAK, Raíssa Barbosa. FERREIRA, Amanda Pratti. DE MATTOS, Mariana Costa. NETO, Hilton Gueiros Leitão. FERREIRA, Maria Aparecida.

Resumo: TNE são neoplasias que se originam a partir das células enterocromoafins presentes na mucosa gástrica. São raros e de apresentação clínica, morfológica e funcional variável, podendo ser indolentes ou agressivos e com diferentes prognósticos. O objetivo desse trabalho foi traçar o perfil clínico, epidemiológico e histopatológico dos TNE gástricos durante o período de 2017 a 2022.

Materiais e métodos: Trata-se de uma série de casos, transversal e observacional, cujos dados foram obtidos através de anamnese, exames complementares e informações contidas em prontuário eletrônico e físico dos pacientes diagnosticados e em acompanhamento com TNE gástricos desde 2017 a 2022.

Resultados: Foram analisados 21 casos até o momento. Notou-se discreta predominância em mulheres (52,3% versus 47,6% homens), com mediana etária de 54 anos. Foram analisados os principais achados endoscópicos, de modo que 66,6% dos TNE foram polipoides <10mm, sendo o G1 o grau histológico mais frequente, respondendo por 57% dos casos.

Dezenove pacientes apresentaram análise imuno-histoquímica tumoral com avaliação do índice Ki67, dos quais 36% foram <2% e 47% tinham níveis entre 3-20%. A análise de marcadores como a cromogranina A e sinaptofisina foi limitada, presente em cerca de metade dos casos. Onze pacientes foram submetidos a ressecção (52%), sendo duas cirúrgicas e nove endoscópicas (entre mucosectomia, ESD e polipectomias). Três pacientes apresentavam tumores sincrônicos (14%) e, até o momento, 85,7% seguem em acompanhamento.

Conclusão: Podemos concluir que a o TNE tipo I corrobora os dados da literatura, com bom prognóstico, podendo ser acompanhado sob vigilância endoscópica quando menores de 10mm. Nota-se que existe dificuldade na confirmação diagnóstica pela deficiência no acesso à avaliação imuno-histoquímica e à dosagem de gastrina, o que pode atrasar diagnóstico e prejudicar o tratamento em subtipos mais agressivos.

Área

Endoscopia - Endoscopia digestiva alta

Autores

Paula Morais Gomes de Oliveira, Marina Dodsworth de Barros, Alexandre Saraiva Iachan, Simone Guaraldi da Silva, Felipe Alves Mota Rebello de Mendonça, Raíssa Barbosa Warrak, Amanda Pratti Ferreira, Mariana Costa de Mattos, Hilton Gueiros Leitão Neto, Maria Aparecida Ferreira