Dados do Trabalho

Título

ADENOCARCINOMA DE CÓLON DESCENDENTE: RELATO DE CASO

Resumo

APRESENTAÇÃO: J.N.F.A, 51 anos, sexo masculino, com queixa de astenia, vômitos, hematoquezia e perda ponderal de 40 kg no período de 07 meses, dá entrada no hospital para reversão de bolsa de colostomia à esquerda realizada após quadro de abdome agudo inflamatório sendo investigado através de anatomopatológico e visualizado área de adenoma tubular e viloso com displasia de baixo grau. Ao exame físico, ostomia apresentava lesão ulcerada extensa em região epidérmica de colostomia, compatível com invasão tumoral. Os achados tomográficos apresentaram nódulos hepáticos e pulmonares, linfonodemegalias mediastinais, paraesofágicas e retroperitoneais compatíveis com acometimento neoplásico secundário, além de lesão expansiva nodular no cólon sigmoide medindo 10X9,8 cm. Foi feito o diagnóstico de tumor de cólon descendente e paciente foi submetido à colectomia parcial de lesão em colostomia de aspecto neoplásico. Por fim, foi realizado histopatológico da peça apresentando adenocarcinoma de cólon invasivo moderadamente diferenciado, sendo estadiado em CT4B CN CM1 –estágio 4. Dessa forma, paciente segue com quimioterapia paliativa. DISCUSSÃO: O câncer colorretal (CCR) está entre os tipos de câncer mais diagnosticados no mundo, sendo o adenocarcinoma um dos principais em relação a incidência e mortalidade. A progressão desse tipo segue os estágios: mucosa normal, adenoma e carcinoma. O prognóstico do paciente costuma ser reservado pela falta de sintomas específicos no estágio inicial dos tumores de colón, o que faz com que seu diagnóstico seja realizado em estágio avançado, onde há um baixo efeito terapêutico e alta taxa de recorrência à metástase. Os sítios metastáticos à distância mais comuns são fígado e pulmão. Os pacientes com diagnóstico primário de CCR estágio IV geralmente apresentam uma doença tumoral irressecável e só podem ser tratados paliativamente. Se o tumor primário for sintomático, sua ressecção é indicada, sendo que ao associar a quimioterapia pós-operatória nos pacientes em estágio IV com metástases irressecáveis houve aumento da sobrevida a longo prazo. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O diagnóstico precoce, como visto, tem influência significativa no prognóstico do paciente, dessa forma deve ser incentivado, principalmente, naqueles que fazem parte do grupo de risco para CCR. Além disso, esforços devem ser feitos para aumentar o uso de quimioterapia pós-operatória sempre que possível a fim de garantir maior sobrevida para os que já possuem diagnóstico.