Dados do Trabalho
Título
Análise do perfil epidemiológico de mortalidade por neoplasia maligna de esôfago no contexto brasileiro entre os anos 2001 e 2020
Resumo
Introdução: De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, a neoplasia de esôfago representa o oitavo carcinoma mais frequente do mundo, afetando mais o sexo masculino, em uma proporção de 3:1. O consumo de industrializados, etilismo, tabagismo, obesidade e idade avançada são fatores de risco importantes. O quadro clínico dessa doença é disfagia, perda ponderal e dor torácica, sendo o seu curso crônico. O tratamento pode ser com métodos cirúrgicos ou com o uso de quimio ou radioterapia. Por fim, o Câncer de Esôfago é uma entidade prevalente e apresenta uma alta mortalidade, além de impactar diretamente na qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico de mortalidade por Neoplasia de Esôfago no período de 2001 a 2020. Metodologia: Estudo epidemiológico retrospectivo, transversal e quantitativo a partir de dados disponíveis no Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) em causas evitáveis que está presente na plataforma nacional DATASUS, do Ministério da Saúde. Por fim, as informações colhidas sobre totalidade, estado, sexo, faixa etária, cor e escolaridade de óbitos por neoplasia maligna de esôfago foram analisados e tabulados no Google Sheets. Resultados: O total de notificações foi de 114.986, no território nacional. A Região Sudeste foi a com o maior número de mortes, totalizando 56.808, com o estado de São Paulo liderando com 26.789. Enquanto a Região Norte foi a menor, com 2.799 casos, Roraima com apenas 70 óbitos. O sexo masculino representa mais de 80% dos números absolutos, seguindo o mesmo padrão da predominância na região Sudeste. Mais de 98% dos óbitos são de indivíduos de 40 anos ou mais, sendo a sexta década concentrando 43.000 óbitos. Os indivíduos caucasanos foram o maior contingente, totalizando mais de 58.000 casos. O baixo nível de escolaridade está relacionado com o número maior de mortes pela doença, com 30.299 para pessoas que tiveram entre 1 e 3 anos de estudo, enquanto pessoas que tiveram entre 12 ou mais, foram tabulados 3.536 baixas. Conclusão: Os resultados colhidos convergem com o perfil epidemiológico apresentado pelo INCA e com os apresentados pela literatura. Nota-se uma maior relação entre os centros urbanos com o maior número de óbitos, isso deve estar ligado com o estilo de vida nas metrópoles. Ademais, a baixa escolaridade mostrou um fator de risco importante para o desenvolvimento da doença. Destarte, deve-se assim aplicar medidas de saúde pública focada nessa população mais afetada.
Área
Gastroenterologia - Esôfago
Autores
Mateus Mendes Santos Freire, Leonardo Freire Alves Nogueira, Victória Danielly Rabelo Almeida, Raiza Lima Silva, Guilherme Martins Oliveira, Maria Tereza Oliveira Pereira Santos , Gabriel Lucas Ferreira da Silva, Sâmya Correia Marques, Cezar Nilton Rabelo Lemos Filho, Simão Barbosa Silva, Luiz Eduardo Soares Martins, Thais Carvalho de Abreu , Francisca Isabelle da Silva e Sousa