XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Adenocarcinoma de Cólon Ascendente com Fístula para 2ª Porção Duodenal: Relato de Caso Sobre Cirurgia para Cerclagem Pilórica e desvio de trânsito intestinal

Resumo

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente masculino, 47 anos, queixa de astenia, melena, associado a vômitos fecalóides e diarreia, com piora nos últimos 3 meses. Perda de 25 kg no período. Negou comorbidades. Exame físico: regular estado geral, hipocorado +/4+, abdome sem alterações. Exames laboratoriais: Hb=7.1, leucócitos=13.650, albumina=1,8. Endoscopia digestiva alta: lesão ulcerada em 2ª porção duodenal de aspecto neoplásico. Colonoscopia: neoplasia de cólon direito com anatomopatológico de Adenocarcinoma invasivo Grau II. TC Abdome: espessamento parietal em cólon ascendente e transverso, comunicando-se com primeira porção duodenal e com passagem do contraste oral para cólon; trombose das veias cava inferior e ilíacas. Realizada laparotomia exploradora para cerclagem pilórica, gastroenteroanastomose e ileostomia em alça, com passagem de sonda nasoentérica (SNE) pós anastomose. Evoluiu com edema de membro superior direito 4+/4+ e Doppler constatou trombose de veias cefálica e basílica. Tomadas medidas para otimizar status performance do paciente e possibilitar tratamento adjuvante. DISCUSSÃO: A fístula duodenocólica ocorre em 1 a cada 900 pacientes com câncer colorretal, mais frequente entre a sexta e a sétima década de vida. O caso relata paciente de 47 anos, com Adenocarcinoma de cólon fistulizando para 2ª porção duodenal, incomum de ocorrer nessa faixa etária. O tratamento dessa fístula se baseia em três procedimentos, que são hemicolectomia direita com duodenopancreatectomia cefálica ou duodenectomia parcial com fechamento do defeito com fins curativos e a gastrojejunostomia com ileotransversostomia para fins paliativos. Nota-se que o paciente do caso foi submetido a cerclagem pilórica para exclusão duodenal; derivação gastrointestinal seguindo a proposta de Wölfer, com passagem de SNE pós-anastomose e Ileostomia em alça para exclusão dos cólons e do tumor do trânsito intestinal devido os achados intraoperatórios. Apresentou uma sobrevida de 66 dias após o procedimento, vindo a óbito devido evolução da doença. CONSIDERAÇÕES FINAIS: a personalização do tratamento permite que os pacientes maximizem benefícios enquanto minimiza os danos, proporcionando assim qualidade de vida e conforto para o paciente.

Área

Cirurgia - Miscelânea

Autores

MATHEUS DE PAULA SANTOS, LUCIANO BATISTA MARTINS, AMANDA CONCEICAO LOPES, JONATHAS PAIVA CARNEIRO, RAFAEL CALDAS ESTEVES SEGATO, ANA LUISA PERES BARBOSA, MANOEL ESTEVAM DE AVILA FILHO