Dados do Trabalho

Título

Ultrassom endoscópica no diagnóstico de pneumatose cística intestinal

Resumo

A pneumatose cística intestinal é uma condição rara, com incidência mundial de 0,3 a 1,2%, ela é classificada em forma primária (idiopática) e secundária, com 15% e 85% das apresentações, respectivamente. Esta patologia foi associada a uma grande variedade de etiologias subjacentes para explicar o acúmulo anormal de gás na submucosa (69,9%), ou subserosa (25,5%) ou ambas as camadas (4,6%). Muitos pacientes passam por diagnósticos equivocados, maus tratos ou mesmo exploração cirúrgica inadequada.
Paciente do sexo feminino, 45 anos, com antecedente de constipação e diverticulite recorrente, apresentou-se para colonoscopia eletiva oito semanas após o último episódio. No cólon descendente, foram encontrados múltiplos arredondamentos e lesões elevadas de superfície lisa. Opatado por realizar uma avaliação endoscópica ultrassonográfica das lesões subepiteliais no mesmo procedimento. Um overtube foi posicionado através do sigmóide para a inserção do ultrassom endoscópico de matriz curvilíneo e a avaliação evidenciou a reverberação do ar na camada submucosa. A análise patológica mostrou aglomerados de cistos preenchidos com gás na submucosa e lâmina própria, foi compatível com o diagnóstico de pneumatose cística intestinal. A diverticulite foi a causa subjacente suspeita e o tratamento clínico foi retomado.
O diagnóstico dessa doença geralmente é feito por colonoscopia (51,9%), cirurgia (40,6%) e achados radiológicos (10,9%). Embora o diagnóstico possa ser feito por estudos radiológicos, o ultrassom endoscópico colorretal e a colonoscopia podem ser feitos no mesmo corte sem radiação e com alta precisão. Por ser uma doença rara, faltam estudos para definir a melhor abordagem, embora a o ultrassom endoscópico colorretal colorretal deva ser uma preferência para um diagnóstico confiável.

Área

Endoscopia - Ecoendoscopia