XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Anastomose primaria videolaparoscópica apó lesão de hepatocolédoco

Resumo

Paciente V.L.M., sexo feminino, de 48 anos. Referida para nosso serviço com quadro de colecistopatia crônica cálculosa, a mesma referia múltiplos episodios de cólica biliar porem sem relato de quadros de pancreatite nem ictericia previos.
Foi submetida a exames pre-operatorios como ultrassom abdome total, exames laboratoriais incluindo enzimas caniculares, transaminases, entre outros: sendo que não foram evidenciados alteração que contraindicassem o procedimento cirúrgico eletivo, motivo pelo qual foi submetida ao procedimento cirúrgico: colecistectomia videolaparoscopia.
No intra-operatorio foi evidenciado presença de aderências principalmente região do infundibulo, paredes da vesícula biliar discretamente espessadas, identificados ducto e arteria cística, com posterior clipagem e secção dos mesmos.
No momento do descolamento do corpo medio da vesícula biliar foi evidenciado presença de estrutura tubular firmemente aderida a parede da vesícula, aventada a hipótese de malformação, variação anatômica da via biliar ou lesão de via biliar principal, continuada a dissecção fundo infundibular até completa liberação do restante da vesícula biliar do leito hepático.
Motivo pelo qual realizada dissecção cautelosa conseguindo isolar estrutura tubular com realização de colangiografia intra-operatoria, e confirmação de lesão de via biliar principal com secção completa do ducto hepático comum logo acima da inserção do ducto cístico (topo E de Strasberg), imediatamente foi identificado o ducto colecodo.
Devido a presença de ducto hepático e colédoco viáveis, sem sinais de isquemia, e sem aparente tensão, foi optado pela realização do reparo primario hepatico-coledoco anastomose termino-terminal associado a drenagem em T por videolaparoscopia.
Paciente recebeu alta no 5 dia de pos-operatorio para continuar acompanhamento ambulatorial, apresentando boa evolução e após o periodo de tempo de 10 semanas foi optado por retirada do dreno em T sem intercorrências.

Área

Cirurgia - Miscelânea

Autores

Laura Silvia Grageda Garcia, Edwin Claros Canseco