Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE ENTRE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS RESPIRATÓRIAS E SUA ASSOCIAÇÃO COM FÁRMACOS UTILIZADOS NA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL
Resumo
INTRODUÇÃO: No tratamento da Doença Inflamatória Intestinal (DII) deve-se levar em consideração alguns fatores, como a presença e extensão do processo inflamatório, localização e gravidade da doença e idade ao diagnóstico. As opções medicamentosas incluem os derivados dos ácidos aminosalicílicos (5-ASA), como sulfassalazina, mesalazina, corticosteroides, a exemplo da hidrocortisona, prednisona, imunossupressores como a azatioprina e 6- mercaptopurina, e a terapia imunobiológica. Já é sabido que dentre as manifestações extraintestinais da doença inflamatória intestinal, pode haver afecção dos pulmões. Entretanto, parte significativa das complicações pulmonares pode ser causada pela terapia medicamentosa adotada no tratamento da doença inflamatória intestinal. OBJETIVO: Analisar a associação entre os fármacos utilizados para tratamento da DII e manifestações respiratórias. MÉTODO: Trata-se de um estudo de corte transversal, unicêntrico, baseado em questionário aplicado aos pacientes com DII acompanhados no ambulatório especializado do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), além da revisão de prontuários. A análise estatística dos dados foi feita através do teste qui-quadrado ou do teste exato de Fischer quando as variáveis não alcançavam os pressupostos necessários, sendo realizada com o programa SPSS versão 21.0. RESULTADOS: A amostra recolhida foi de 255 pacientes que cumpriram os critérios de inclusão, sendo que, do total, 44 apresentavam tosse, dispneia e/ou dor torácica. O medicamento mais frequentemente utilizado foi mesalazina supositório (36,1%), seguido por azatioprina (29,8%), mesalazina oral (27,1%) e infliximabe (17,3%). Nenhum paciente da amostra relatou usar budesonida. Além disso, em nosso estudo, nenhuma das medicações utilizadas apresentou relação com a presença de sintomas respiratórios (valor de p>0,05). CONCLUSÃO: Sinais e sintomas respiratórios foram frequentes na amostra estudada e parecem não estar ligados à terapia medicamentosa utilizada na DII.
Área
Gastroenterologia - Intestino
Autores
Erick Santos Nery, Ana Maria Rego Andrade Santos, Flora Maria Lorenzo Fortes, Júlia Pedreira de Medeiros Gonçalves, Lara Pinheiro Arenas, Genoile Oliveira Santana