XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Hemangioma gigante em paciente jovem

Resumo

Apresentação do caso:
Paciente JCD, sexo masculino, 41 anos. Histórico de dor em região epigástrica 2 anos. Realiza ultrassom de abdome superior com identificação de formações nodulares distribuídas em fígado com lesão nodular de aproximadamente 6 cm com crescimento até 10 cm em 2 anos. Apresentava dor somente a palpação de abdome superior. Em seguimento foi solicitado ressonância abdominal, que identificou formações nodulares com intensidade de sinal elevada em T2 e baixa em T1 de diâmetros diversos distribuídos pelo parênquima hepático, que não apresentaram restrição significativa. Com padrão de impregnação nodulariforme, periférico e descontínuo após infusão de contraste, com tendência a homogeneização, nas fases tardias. A maior lesão exofítica no segmento VI do lobo direito, medindo cerca de 10x9,8x8,8 cm nos maiores eixos e outra lesão no segmento V – VIII do lobo direito medindo 3,3x3,9x3,7 cm nos maiores eixos e uma lesão em segmento II do lobo esquerdo medindo cerca de 2,7 cm com pequeno componente exofítico e pequena lesão no segmento III do lobo esquerdo medindo cerca de 1,0x1,0 cm nos maiores eixos.
No intraoperatório, realizado enucleação de hemangioma hepático exofítico de grande tamanho em topografia de segmento VI com colecistectomia.

Discussão:
Os hemangiomas hepáticos são a lesão hepática benigna mais comum, com prevalência estimada de 0,4 a 20% na população geral.
A maioria é diagnosticado entre 30 e 50 anos e mais frequentemente em mulheres 3:12.
Normalmente são pequenos (<5cm), únicos e localizados no lobo direito.
Os sintomas estão associados a hemangiomas gigantes (> 10cm), tais como dor em quadrante
superior direito, saciedade precoce, podendo haver sangramento, hemobilia, mas são sintomas incomuns.
A intervenção raramente é necessária, exceto para os pacientes que apresentam sintomas persistentes atribuídos ao hemangioma, deve-se considerar a ressecção cirúrgica.
Os métodos cirúrgicos para o tratamento incluem ressecção hepática ou enucleação.

Comentários finais:
Os hemangiomas por serem uma lesão benigna, pequena e na sua maioria assintomáticos, não apresentam necessidade de ressecção cirúrgica.
Quando sintomáticos, são de tamanho volumoso, requerendo um tratamento cirúrgico.

Área

Cirurgia - Fígado

Autores

Pamella Cristina Sawaya Sacamoto, Tricia Aline Ribeiro Pattini de Souza, VItor Yamasita, Fabio Crescentini, Gabriel Fonseca e Nunes, Pedro Viotti Godinho, Lucas de Sena Leme, Fabio Brito Saucedo, Bianca Escorel Fava, Rafaela Araujo Lojudice