XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA INCIDÊNCIA DE NEOPLASIAS MALIGNAS DO ESTÔMAGO NO BRASIL

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer de estômago é, conforme dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a quarta neoplasia maligna mais comum em homens e a sexta em mulheres. Essa doença representa um grande impacto para a sociedade brasileira devido às suas altas taxas de morbidade e mortalidade, de forma que permanece relevante discutir sua epidemiologia. OBJETIVO: O presente estudo, de caráter analítico, observacional e retrospectivo, buscou elaborar uma análise epidemiológica da incidência de neoplasias malignas de estômago no Brasil de 2016 a 2019, considerando faixa etária e observando a tendência da taxa de incidência (TI) durante o período. METODOLOGIA: Dados relativos ao número de casos e às estimativas demográficas do período foram obtidos a partir do Painel-Oncologia disponibilizado pelo INCA, e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), respectivamente. A partir do número de novos casos no ano e projeções da população, foi possível calcular a taxa de incidência (TI) por 100.000 habitantes a cada ano no período. A tendência da TI foi então analisada por um modelo de regressão linear segmentada, obtendo-se a variação percentual anual (APC) com intervalo de confiança de 95% (IC95%). RESULTADOS: No período estudado, houve 1.292.510 casos de câncer de estômago. A faixa etária de 60 a 79 anos concentrou o maior número de casos em todos os anos avaliados, com o pico de incidência de 990,31 casos por 100.000 habitantes em 2019. O menor número de casos durante o período, 33.040 (2,55%), ocorreu na faixa etária de 0 a 19 anos, tendo o pico de incidência anual de 26,24 por 100.000 habitantes, também em 2019. Em 2016, o Brasil apresentou uma taxa de incidência para a população geral de 91,25 por 100000 habitantes. A taxa de incidência apresentou uma tendência crescente nos anos seguintes, com uma APC de 46,74 (CI95%= 2,1;110,8). No final do período, a TI nacional foi de 267,26323 por 100.000 habitantes. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo identificaram uma tendência de aumento nas taxas de incidência de câncer de estômago no Brasil, no período de 2016 a 2019. Isso ressalta a relevância dessa doença, particularmente em se tratando da população acima de 60 anos, sendo necessários novos estudos que respaldem políticas de saúde voltadas para o controle e prevenção da doença.

Área

Gastroenterologia - Estômago/Duodeno

Autores

Sophia Costa Vasconcelos, Amanda Carvalho Polido, André Luiz Fernandes de Araújo, David Barbosa Duarte Vidal, Elisa Tavares Diogo de Siqueira, Gabriel Borges de Araújo, José Ossian Leite Campos Neto, Joyce Isley de Melo Freitas, Luís Eduardo Matoso Vieira, Pedro Lucas Grangeiro de Sá Barreto Lima, Pedro Vinícius Nogueira da Silva, Rayanne Silva Vieira Lima, Thiago de Sousa Rodrigues, Vanessa Sophia do Espirito Santo Woyome