Dados do Trabalho
Título
COMPARATIVO DE TRATAMENTO DO CÂNCER DE CÓLON ENTRE AS REGIÕES DO BRASIL ENTRE 2017 E 2022
Resumo
Introdução: Segundo os dados da OMS de 2020, o câncer colorretal é o terceiro câncer mais incidente no mundo, sendo o cólon sua topografia mais prevalente. Em vista disso, justifica-se a necessidade de estudar as características epidemiológicas dessa doença no Brasil, de forma a direcionar as políticas públicas de saúde no país.Objetivo: Comparar o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticados com câncer de cólon por região do Brasil.Metodologia: Estudo transversal descritivo de pacientes diagnosticados com câncer de cólon (CID 18) no Brasil entre 2017 a agosto de 2022. A amostra incluiu pacientes entre 20 a 79 anos de ambos os sexos, sendo o local de residência a região estabelecida para realização das comparações regionais. Os dados foram obtidos por meio do painel de oncologia do DATASUS.Resultados: Dos 38.177 casos registrados de câncer de cólon no Brasil, 49,13% (n=18.759) eram do sexo masculino e 50,86% (n=19.418) do sexo feminino, observou-se maior prevalência dos casos na região Sudeste (n=17.779; 46,56%), e menor prevalência na região Norte (n=977; 2,5%). Em relação ao estadiamento do câncer, 44,34% foram classificados com estadiamento IV (n=16.929) e 34,36% com estadiamento III (n=13.120), sendo o sudeste a principal região em que estavam localizados os casos em ambos os estadiamentos, sendo responsável por 44,94% (n=7.609) e 49,16%(n=6.450) dos casos respectivamente. Em relação ao intervalo de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento, 48,8% dos pacientes esperaram por mais de 60 dias para iniciar o tratamento (n=18.631), destes, a maioria residia na região sudeste (n=9.726; 52,2%), seguido da região sul (n=3.774; 20,25%) e nordeste (n=3.451; 18,52%).Conclusão: Observou-se uma prevalência similar de casos entre ambos os sexos, uma maior prevalência de diagnósticos tardios (Estadiamento IV) e um intervalo maior do que 60 dias entre o diagnóstico e o início do tratamento em todas as regiões do país, sendo os dois últimos afetam de forma negativa o prognóstico da doença. Quando analisados os casos por região observou-se que a região sudeste representou a maioria dos casos de diagnóstico tardio, e de maior intervalo de tempo entre o diagnóstico e o tratamento. Tais dados podem ser justificados pela maior prevalência de casos de câncer nessa região, levando a maior sobrecarga do serviço de saúde, o que indica a necessidade de reavaliação da forma como os recursos para saúde por região estão sendo gerenciados.
Área
Gastroenterologia - Intestino
Autores
Raiza Lima Silva, Francisca Isabelle da Silva e Sousa, Simão Barbosa Silva, Cezar Nilton Rabelo Lemos Filho, Guilherme Martins Oliveira , Gabriel Lucas Ferreira da Silva, Leonardo Freire Alves Nogueira, Luiz Eduardo Soares Martins , Maria Tereza Oliveira Pereira Santos , Mateus Mendes Santos Freire , Sâmya Correia Marques, Thais Carvalho de Abreu , Victória Danielly Rabelo Almeida