Dados do Trabalho

Título

RELATO DE CASO: TRATAMENTO CONSERVADOR EM PACIENTE COM APENDAGITE EPIPLÓICA E EXTENSO PROCESSO INFLAMATÓRIO ACOMETENDO COLON DESCENDENTE

Resumo

Apresentação do caso: Paciente com 48 anos, sexo feminino, casada, procurou o gastroenterologista por apresentar dor abdominal difusa acometendo principalmente a região do hemiabdome esquerdo, em pontadas, moderada intensidade, agravada com a deambulação e aliviada com a evacuação. Relatava distensão abdominal. Ao exame físico, observou-se abdome doloroso à palpação superficial em flanco e hipocondrio esquerdo sem peristaltismo visível, mas com massa palpável e dolorosa em flanco esquerdo. Por conta própria, a paciente fez uso de analgésicos sem melhora. Optou-se pela realização de tomografia de abdome total que evidenciou imagem lobulada com densidade de gordura e paredes espessadas, localizada junto à borda antimesentérica do cólon descendente, ao nível do flanco esquerdo com importante obliteração da gordura/mesocólon adjacente, cursando com obliteração da parede abdominal adjacente, espessamento da musculatura oblíqua. Associa-se também espessamento parietal do cólon descendente com componentes inflamatório espessando a goteira parietocólica até a entrada da escavação pélvica à esquerda. Discussão: A Apendagite é uma patologia inflamatória, incomun, que acomete a faixa etária adulto jovem ocasionada pela torção ou trombose venosa espontânea das veias que drenam os apêndices epiplóicos. Carateriza-se por dor abdominal difusa, localizada em quadrante inferior esquerdo do abdome. Comentários finais: A Apendagite é uma patologia de evolução clínica satisfatória, entretanto quando o diagnóstico é tardio, aumenta-se o risco de complicações. Nesta paciente, a terapêutica com antibiótico foi capaz de reverter a situação clínica evitando o risco de abordagem cirúrgica de urgência. O controle tomográfico após 15 dias comprovou a remissão do quadro.