XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Técnica Anestésica em Gastroplastia Endoscópica

Resumo

Introdução: O padrão ouro para o tratamento da obesidade são as cirurgias bariátricas. Uma alternativa menos invasiva e mais recente para o manejo da obesidade é a gastroplastia endoscópica, entretanto, com necessidade de anestesia geral, segundo a literatura. Objetivos: Analisar os desfechos clínicos e epidemiológicos de pacientes submetidos a Gastroplastia Endoscópica (endossutura) sob sedação profunda. Método: Série de casos, prospectivo e observacional de pacientes submetidos a gastroplastia endoscópica sob sedação. O estudo foi realizado em um centro de endoscopia de um hospital geral com pacientes submetidos à gastroplastia endoscópica de outubro de 2020 a Novembro de 2021. Os dados foram coletados por análise do relatório de anestesia e contato telefônico pós alta. As variáveis foram: gênero, idade, peso, altura, IMC, comorbidades, uso de fármacos, Mallampati, tempo cirúrgico, complicações transoperatórias, necessidade de conversão para anestesia geral e reoperação. No pós-operatório imediato: Presença de náuseas, vômitos, escala de dor, escala de Ramsay e o tempo de permanência na SRPA. Após dez dias, foi telefonado para o paciente e questionado sobre a presença de náuseas, vômitos e dor. Foi realizada análise estatística descritiva através de frequências simples (n) e relativas (%), para variáveis categóricas e através de média e desvio padrão ou mediana e intervalo interquartil para variáveis quantitativas. Os dados foram para o programa SPSS v. 20.0 para análise estatística. As variáveis quantitativas foram avaliadas em relação a sua normalidade pelo teste de Shapiro Wilk. As variáveis quantitativas normais foram descritas pela média e o desvio padrão, e as com distribuição assimétrica pela mediana, o mínimo e o máximo. Foram descritas as variáveis categóricas por frequências e percentuais. Resultado: O IMC médio da população foi de 33,73. Os procedimentos tiveram uma mediana de duração de 57 minutos. As patologias mais presentes na população foram hipertensão e hipotireoidismo. A maioria apresentou Mallamati 2 (62.5%). No pós operatório imediato 6.25% referiram náuseas e 68.75% referiram dor. Ao todo, 93.75% dos casos foram manejados com sucesso usando uma técnica de sedação profunda. Por meio de contato telefônico 10 dias após o procedimento constatou-se que dor era presente em 78.5% dos casos. Conclusão: Apesar da limitação deste estudo, a sedação profunda pode ser usada com segurança para a realização de endossuturas gástricas.

Área

Endoscopia - Miscelânea

Autores

Tamires Tibola de Mattos, Ismael Krolow Costa, Mariana Crespo Pires, Guilherme Becker Sander, Airton Bagatini