Dados do Trabalho

Título

Tratamento endoscópico de estenose de anastomose esôfago-esofágica complexa secundária a correção cirúrgica de atresia de esôfago.

Resumo

Introdução: Atresia de esôfago (AE), com ou sem fístula traqueoesofágica (FTE), é a malformação congênita mais frequente do TGI superior e apresenta incidência de 1 para cada 2400 a 4500 nascidos vivos. Com o avanço nos cuidados intensivos neonatais e cirúrgicos, ocorreu um aumento da taxa de sobrevida destes pacientes e, consequentemente, maior prevalência das complicações aerodigestivas. Dentre as complicações gastrointestinais as estenoses esofágicas de anastomose após o tratamento cirúrgico da atresia de esôfago são frequentes e de tratamento endoscópico em sua maiora.

Objetivo: Demonstrar as técnicas de estenotomia e estenectomia em um caso de estenose de anastomose esôgafo-esofágica complexa em pós operatório tardio de atresia de esôfago.

Resultados: Criança de sexo masculino, 3 anos de idade, nascida com atresia de esôfago, corrigida cirurgicamente nos primeiros dias de vida, evoluiu com disfagia a partir do início da introdução alimentar, tolerando apenas dieta líquida. Encaminhado tardiamente, aos três anos de idade, para centro de referência devido a vômitos e engasgos. Evidenciado em endoscopia digestiva alta estenose da anastomose com 3 mm de diâmetro e com várias travas fibróticas, com má resposta às dilatação com velas de Savary-Gilliard. Realizado estenotomia com estenectomia com itKnife com ponta de porcelana. Procedimento sem intercorrências e com boa resposta, sendo possível passar o gastroscópio convencional (9,8mm) ao final do procedimento e melhora significativa da disfagia.

Conclusão: A estenotomia com estenectomia é um procedimento endoscópico eficaz para o tratamento de estenoses esofágicas complexas e com má resposta à dilatação com velas ou balão hidrostático e possibilita melhora da disfagia e da qualidade de vida do paciente.

Área

Endoscopia - Endoscopia digestiva pediátrica