XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Evolução da mortalidade por neoplasias malignas do trato gastrointestinal no Brasil entre 2017-2021.

Resumo

Introdução: Os cânceres do trato gastrointestinal estão entre as maiores causas de morte por neoplasia no Brasil, denotando um problema de saúde pública e demandando altos custos de tratamento que, em sua maioria, são paliativos. Objetivo: Descrever a evolução e a tendência temporal da mortalidade das neoplasias malignas do trato gastrointestinal no Brasil entre 2017 e 2021 Metodologia: Estudo transversal descritivo retrospectivo com dados extraídos do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) hospedado no DATASUS, referentes ao registro de óbitos por internação por neoplasias malignas no trato gastrointestinal entre 2017 e 2021 no Brasil. Foram excluídos menores de 15 anos e neoplasias malignas de outros órgãos digestivos. A amostra foi analisada segundo sexo, idade, taxa de mortalidade e sítio de localização do câncer: esôfago, estômago, cólon, pâncreas, fígado e vias biliares intra-hepáticas e junção retossigmoidal, reto, ânus e canal anal. Resultados: Constatou-se, pela análise da amostra, elevação do número de óbitos por câncer do trato gastrointestinal no período estudado, com aumento médio de 447,5 óbitos por ano, mas com decréscimo da taxa de mortalidade geral (13,14% em 2017 para 12,47% em 2021). As neoplasias malignas com maior frequência de óbitos no sexo masculino foram as localizadas no estômago, esôfago e cólon, enquanto as mulheres foram mais acometidas no cólon, estômago e pâncreas. Quanto à tendência de mortalidade, observou-se crescimento nas neoplasias malignas de fígado e vias biliares intra-hepáticas, em ambos os sexos, partindo de 23,59% para 26,12% de óbito por internação. Entretanto, houve queda de 6,54% na taxa de mortalidade por câncer de pâncreas, apesar do crescimento no número de óbitos, em ambos os sexos, de 2.743 em 2017 para 3.062 em 2021. Não houve variação significativa no número de óbitos e na taxa de mortalidade das demais neoplasias. Além disso, percebe-se aumento da taxa de mortalidade junto ao aumento das faixas etárias, com maior prevalência de óbitos de indivíduos com 80 anos ou mais. Conclusão: Há maior tendência de mortalidade, em ambos os sexos, por neoplasias malignas de fígado e vias biliares intra-hepáticas e pâncreas, apesar de maior frequência de óbitos por câncer de estômago e esôfago nos homens e cólon e estômago nas mulheres. Ademais houve aumento do número de óbitos e redução da taxa de mortalidade geral. Ainda, há maior registro de óbitos e taxa de mortalidade com avanço das faixas etárias.

Área

Gastroenterologia - Miscelânea

Autores

Gabriel Lucas Ferreira da Silva, Victória Danielly Rabelo Almeida, Raiza Lima Silva, Mateus Mendes Santos Freire , Guilherme Martins Oliveira , Maria Tereza Oliveira Pereira Santos, Sâmya Correia Marques, Cezar Nilton Rabelo Lemos Filho, Simão Barbosa Silva, Leonardo Freire Alves Nogueira, Luiz Eduardo Soares Martins , Thais Carvalho de Abreu , Francisca Isabelle da Silva e Sousa