XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Perfil epidemiológico dos casos diagnosticados com neoplasia maligna de estômago no Brasil entre 2017 e 2021.

Resumo

Introdução: O câncer de estômago é um dos mais frequentes no mundo, sendo o quarto mais comum em homens e o sétimo em mulheres. No Brasil, há uma estimativa crescente de novos casos diagnosticados. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticados com câncer de estômago no Brasil entre 2017 e 2021. Metodologia: Pesquisa transversal retrospectiva descritiva com dados de pacientes diagnosticados com neoplasia maligna de estômago no Brasil entre 2017 e 2021. Amostra foi avaliada quanto ao sexo, faixa etária, estadiamento e modalidade terapêutica. As modalidades terapêuticas incluem quimioterapia, radioterapia ou ambos, e o estadiamento entre os graus 0 e 4. Excluiu-se cirurgia como modalidade terapêutica. A coleta de dados foi realizada através do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA), através do Boletim de Produção Ambulatorial Individualizado (BPA-I) e da Autorização de Procedimento de Alta Complexidade; Sistema de Informação Hospitalar (SIH); Sistema de Informações de Câncer (SISCAN) hospedados no DATASUS. Resultados: Foram 28.375 pacientes com diagnóstico de neoplasia maligna de estômago, dos quais 18.427 (65%) correspondem ao sexo masculino e 9.948 (35%) equivalem ao sexo feminino. As faixas etárias mais frequentes foram entre 60-69 anos, a qual conta com 8.903 (31,4%) diagnósticos, e entre 50-59 anos, com 6.628 diagnósticos. Com relação aos estadiamentos, foram encontrados 12.337 (43,5%) pacientes com estadiamento grau 4, 10.384 (36,6%) pacientes com neoplasia grau 3, 3.800 (13,4%) com grau 2, 930 (3,3%) com grau 1 e 924 (3,2%) com estadiamento grau 0. Houve similaridade quanto à prevalência de cada estadiamento dentro de cada sexo. Já quanto à modalidade terapêutica, a predominante foi a quimioterapia, utilizada em 26.109 (92%) pacientes, a qual foi o principal método de tratamento para os estadiamentos grau 4 e 3, com 11.479 e 9.640 casos, respectivamente. A radioterapia foi utilizada em 2.205 (7,8%) casos e ambas as terapias foram utilizadas em 61 (0,2%) casos no total. Conclusão: O número de casos diagnosticados tem aumentado a cada ano. Os resultados se assemelham à literatura, destacando prevalência de neoplasia maligna do estômago sobre o sexo masculino e diagnóstico mais frequente entre 60-69 anos. O estadiamento mais comum foi grau 4 e a modalidade terapêutica foi a quimioterapia.

Área

Gastroenterologia - Estômago/Duodeno

Autores

Gabriel Lucas Ferreira da Silva, Victória Danielly Rabelo Almeida, Raiza Lima Silva, Mateus Mendes Santos Freire , Guilherme Martins Oliveira , Maria Tereza Oliveira Pereira Santos , Sâmya Correia Marques, Cezar Nilton Rabelo Lemos Filho, Simão Barbosa Silva, Leonardo Freire Alves Nogueira, Luiz Eduardo Soares Martins , Thais Carvalho de Abreu , Francisca Isabelle da Silva e Sousa