XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

TUMOR NEUROENDÓCRINO DE CECO

Resumo

APRESENTAÇÃO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 61 anos, procurou serviço de gastroenterologia com queixas de alteração do hábito intestinal caracterizado por aumento do número de evacuações, diminuição da consistência das fezes e melena há mais de 1 ano. Negava queixas dispépticas, porém afirmava mal estar e tontura. Foi submetida a uma colonoscopia que evidenciou uma lesão vegetante na região do ceco e um pólipo viloso em cólon sigmoide. Realizadas biópsias com resultado anatomopatológico revelando presença de tumor neuroendócrino infiltrando a submucosa na região do ceco. Imuno-histoquímica demonstrou tumor neuroendócrino bem diferenciado, apresentando grau 1 histológico. Pólipo de cólon sigmoide apresentou ausência de sinais de malignidade, sugerindo adenoma tubuloviloso com displasia de baixo grau. A paciente foi submetida a procedimento cirúrgico de hemicolectomia direita para retirada de segmento intestinal e posteriormente uma nova colonoscopia foi realizada que não evidenciou foco residual de neoplasia. DISCUSSÃO: Os tumores neuroendócrinos se desenvolvem a partir da integração dos sistemas endócrino e nervoso, gerando células produtoras de hormônios, estes podem ser funcionantes e não-funcionantes, caracterizados por uma produção de hormônio em excesso ou a não produção de hormônio, respectivamente. São considerados uma neoplasia rara, podendo acometer diversas partes do organismo, com destaque para os órgãos do trato gastrointestinal. Por serem considerados uma patologia rara, sua sintomatologia se torna inespecífica e varia de acordo com o tipo e localização, dificultando o diagnóstico e propiciando o aparecimento de lesões mais graves, como metástases. COMENTÁRIOS FINAIS: A identificação do tumor, o tipo e estágio são variáveis relevantes para uma melhor abordagem. O tratamento cirúrgico é indicado sempre que possível, seja na forma convencional, por videolaparoscopia ou robótica. O objetivo principal é remover o tumor e dar continuidade ao tratamento com avaliação oncológica individualizada. Futuros estudos ajudarão a entender melhor a fisiopatologia da doença, corroborando para um diagnóstico precoce e melhores abordagens.

Área

Endoscopia - Colonoscopia

Autores

Héryka Wanessa do Nascimento Rolim, André Luís Belmiro Moreira Ramos, Luan Araújo Freitas Melo, Shirley Amélia Belmiro Moreira Ramos