XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Leiomioma Esofágico: experiência de 10 anos em um hospital de referência do estado de São Paulo

Resumo

Introdução: Os tumores benignos de esôfago são raros, representando cerca de 1% de todas as neoplasias de esôfago. O leiomioma de esôfago é o tumor benigno mais frequentemente encontrado. Tem maior acometimento em pacientes do sexo masculino, com idade variando entre a terceira e a quarta década de vida. Quanto a sua localização, o segmento médio e inferior do esôfago é mais acometido. Geralmente representam tumores solitários, todavia em 2,4% são casos multicêntricos. Em sua grande maioria são assintomáticos, sendo achado incidental em exames endoscópicos. Quando sintomáticos, as principais queixas correspondem a disfagia, pirose, dor retroesternal e hemorragia digestiva. A presença de sintomatologia é frequentemente relacionada ao tamanho da lesão. Seu tratamento é cirúrgico, especialmente destinado a pacientes com sintomas.Historicamente, a via de acesso foi a toracotomia direita ou esquerda, posteriormente sendo optado por acesso videolaparoscópico, sendo a via mais comum a toracoscopia. Nosso intuito é avaliar a prevalência do leiomoma de esôfago em nosso serviço bem como aspectos relacionados a dados clínicos nossos doentes, vias cirúrgicas e ao seu desfecho pós operatório. OBJETIVOS: Objetivo Geral: Verificar a epidemiologia, as manifestações clínicas, os principais métodos diagnósticos e as principais abordagens terapêuticas do leiomioma esofágico. MÉTODO: Foi realizado um levantamento de casos de pacientes submetidos a algum procedimento ciúrgico no HC-UNICAMP, devido ao diagnostico de leiomioma de esofago, no periodo de janeiro de 2012 a julho de 2022. FOirealizada analise retrsopectiva de dados dos prontarios dos pacientes, como idade, queixa principal ao primeiro atendimento, sintomas, biopsia preoperatoria e procedimento realizado, bem como a presenca de complicações pos operatorias. RESULTADOS: 60% de nossos pacientes foram do sexo feminino, com idade mpedia de 42 anos. Cerca de metade dos doentes foi abordado por videotoracoscopia, sendo optado por enucleação da lesão encontrada. Um único caso foi optado por realizacao de esofagectomia convencional com reconstrucao com tubo gastrico. CONCLUSÃO: Tendo em vista os dados apresentados podemos concluir que nossos achados estão de acordo com o relatado na literatura mundial. Devido sua baixa prevalência, o tumor de esofago ainda carece de diagnóstico preciso, sendo diversas abordado de maneira inadequada.

Área

Cirurgia - Esôfago

Autores

Carla Batista Moisés, Marcio Apodaca-Rueda, Victor Ivano Kenzo, Marcella Tardelli Falleiros Lima, Luiz Roberto Lopes, Nelson Adami Andreollo