Dados do Trabalho
Título
ESOFAGECTOMIA TOTAL MINIMAMENTE INVASIVA: UMA SÉRIE DE CASOS EM 10 ANOS DE EXPERIÊNCIA
Resumo
INTRODUÇÃO: A ressecção esofágica é a principal forma de tratamento no câncer de esôfago ressecável. Embora a mortalidade e a morbidade operatória associadas à cirurgia esofágica tenham diminuído com os avanços nas técnicas, evolução de equipamentos cirúrgicos e novas modalidades de quimioterapia e radioterapia, as complicações pós-operatórias continuam sendo uma das principais causas de mortalidade. Uma abordagem minimamente invasiva é usada para a porção abdominal e torácica por meio de videotoracoscopia e laparoscopia seguidas de anastomose cervical. Apesar de bem estabelecido na literatura as suas vantagens, as abordagens minimamente invasivas ainda são um desafio para muitos serviços emergentes, além da viabilidade técnica e da padronização oncológica. OBJETIVO: Neste trabalho são relatados os primeiros 56 casos de esofagectomia minimamente invasiva em um único centro, hospital universitário, no período de 2012 a 2022. MÉTODO: Os dados de todos os 56 pacientes tratados com abordagem minimamente invasiva para ressecção de câncer de esôfago ou junção esofagogástrica no Departamento de Cirurgia da Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina, entre os anos de 2012 e 2022 foram coletados em um banco de dados computadorizado prospectivo e aplicado a esta análise. Todos os pacientes incluídos neste estudo foram tratados com a mesma cirurgia, a parte abdominal e a torácica, com técnicas laparoscópicas e toracoscopia seguidas de anastomose esofagogástrica cervical. Os pacientes foram avaliados conforme critérios epidemiológicos, localização tumoral, tipo histológico, estadiamento clínico e patológico, status nutricional pré e pós operatório, tempo de internação hospitalar. A mortalidade da doença específica em até 90 dias. A série de casos representa um apanhado da experiência do serviço em 10 anos. RESULTADOS: Das 56 esofagectomias, 49 foram para tratar câncer de esôfago, sendo 32 (61%) carcinoma escamoso e neoadjuvância realizada em 48. A taxa de resposta patológica completa após neoadjuvância foi de 33%. O tempo médio de internação foi 9,2 dias. O tempo médio de seguimento era de 12 meses até 2019, dados em atualização. A mortalidade peri-operatória em 90 dias foi de 12%. CONCLUSÃO: Apesar de um tempo de internação abaixo da literatura, foi observado uma taxa de mortalidade perioperatória menor que no estudo anterior, porém ainda acima da literatura. Dados seguem em atualização, para apresentação completa no congresso.
Área
Cirurgia - Esôfago
Autores
Juarez Jucá de Queiroz Neto, João Ivo Xavier Rocha, Tarso Buaiz Pereira Martins, Renan Bezerra de Oliveira, Daniel Tomich Netto Guterres Soares, João Odilo Gonçalves Pinto, Leonardo Adolpho de Sá Sales, Fernando Antonio Siqueira Pinheiro