XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DA PREVALÊNCIA E MORTALIDADE POR DOENÇAS DO APÊNDICE NO BRASIL DE 2010 A 2020

Resumo

INTRODUÇÃO: O grupo entre K35 e K38 compreende doenças do apêndice e faz parte do Capítulo XI do livro CID 10, compondo patologias que geralmente necessitam de internação hospitalar e com bom prognóstico se cirurgia precoce.
OBJETIVO: Realizar uma análise retrospectiva das internações e óbitos por doenças do apêndice no Brasil de 2010 a 2020.
METODOLOGIA: Estudo de caráter documental, descritivo e transversal, a partir da análise de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A amostra incluiu os o número de internações e óbitos compreendidos nas categorias do CID-10 K35 a K38. As variáveis de interesse para pesquisa foram: região, faixa etária, sexo biológico e ano de processamento da internação/ óbito. As variáveis foram tabuladas no programa Microsoft Office Excel 2017 e estruturadas por estatística descritiva.
RESULTADOS: Ocorreu um total de 1.242.014 internações e 10.643 óbitos no Brasil por doenças do apêndice, totalizando uma mortalidade de média de 0.85%. Dentre os óbitos, 76,95% (8190) foram por K35: Apendicite aguda; 0,77% (82) por K36: Outras formas de apendicite; 19,82% (2110) por K37: Apendicite, sem outras especificações e 2,45% (261) por K38: Outras doenças do apêndice. A região Sudeste foi a que apresentou maior prevalência das internações com percentual de 39,51% (490.783) e de mortalidade com percentual de 42,58% (4532). As faixas etárias notáveis para internações corresponderam as compreendidas entre: 20 a 29 anos (22,60%, 280.810), 10 a 14 anos (15,70%, 194.979), 30 a 39 anos (15,08%, 187.296) e 15 a 19 anos (14,67%, 182.212). No que tange a mortalidade, as principais faixas etárias envolvidas foram 70 a 79 anos (17,50%, 1863), 60 a 69 anos (17,13%, 1824) e 80 anos e mais (15,42%, 1641). O sexo masculino quantificou 749.080 internações, correspondente a 60,31% e o feminino 39,69%, 492.934. Quanto aos óbitos, 56,15% (5977) foram do sexo masculino e 43,82% (4664) do sexo feminino.
CONCLUSÃO: A apendicite aguda é o grande destaque em mortalidade das doenças do apêndice, sendo uma das causas mais comum de dor abdominal aguda. O sexo masculino mostrou-se mais suscetível às internações, mas o feminino apresentou maior taxa de mortalidade. Caracteristicamente, a idade avançada continua sendo um importante fator de risco para mortalidade por patologias do apêndice, apesar do maior índice de internação da população jovem.

Área

Gastroenterologia - Miscelânea

Autores

Thais Carvalho de Abreu, Victória Danielly Rabelo Almeida, Raiza Lima Silva, Mateus Mendes Santos Freire , Guilherme Martins Oliveira, Maria Tereza Oliveira Pereira Santos , Gabriel Lucas Ferreira da Silva, Sâmya Correia Marques, Cezar Nilton Rabelo Lemos Filho, Simão Barbosa Silva, Leonardo Freire Alves Nogueira, Luiz Eduardo Soares Martins, Francisca Isabelle da Silva e Sousa