XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

CIRURGIA BARIÁTRICA REVISIOSAL PÓS CIRURGIA DE FOBI-CAPELLA COM ANEL

Resumo

Introdução: Desenvolvida nos anos 80 e largamente difundida nos anos 90, a cirurgia de Fobi-Capella foi um marco nas cirurgias bariátricas e metabólicas. O uso do anel gástrico foi somado ao método em 1992, porém, é frequente o aparecimento de complicações tardias. Objetivo: Apresentar um vídeo de cirurgia bariátrica revisional após cirurgia de Fobi-Capella com anel em paciente com complicações tardias do método. Apresentação do caso clínico e descrição do vídeo: Paciente do sexo feminino de 47 anos, submetida à cirurgia bariátrica há 10 anos à Fobi-Capella com uso de anel. Apresentava no último ano emagrecimento acentuado, pesando 54 quilos quando procurou o serviço, com queixas de epigastralgia, náuseas, vômitos e sensação de empachamento abdominal com piora progressiva. A doença prévia apresentada era depressão, que tratava com lamotrigina, havia sido submetida a abdominoplastia e mamoplastia de aumento com prótese, e história de úlcera de boca anastomótica em atividade classificação Sakita A1, tratada clinicamente. Foi submetida à cirurgia bariátrica revisional. No intraoperatório foi evidenciado grande quantidade de aderências intra-abdominais. Após a lise das aderências com pinça de energia harmônica, foi identificado um estômago excluso de grande volume, fortemente aderido à linha de grampo do pouch gástrico, com um cajado da gastro-entero anastomose longo, também margeando o pouch gástrico com aderências na linha de grampo e no estômago excluso. Após a liberação das estruturas supracitadas, foi optado por re-confecção do pouch gástrico com grampeador linear laparoscópico moldado por sonda de fouchet e gastrectomia parcial do estômago excluso desvascularizado. Houve readaptação da alça alimentar com enterectomia parcial do cajado longo. Após a retirada do anel gástrico que havia migrado para a altura da gastro-entero anastomose, foi realizada sobresutura das linhas de grampeamento, reforçando as anastomoses. Conclusão: A paciente apresentou boa evolução no pós-operatório, sendo tratado como nova gastroplastia, iniciando dieta liquida no 2º dia pós operatório. Recebeu alta no 5º dia pós-operatório, sem intercorrências ou complicações. Emagrecimento por baixa ingesta alimentar e úlceras de boca anastomótica são complicações frequentes quando há migração do anel gástrico.

Área

Cirurgia - Obesidade

Autores

Bruno Zilberstein, Barbara Costa Barros, Danilo Dallago De Marchi