Dados do Trabalho

Título

RESPOSTA CLÍNICA PÓS-FUNDOPLICATURA TRANSORAL SEM INCISÃO EM PACIENTES COM DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO: SÉRIE DE CASOS

Introdução

APRESENTAÇÃO DO CASO: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) se manifesta por sintomas ou danos na mucosa atribuídos ao refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago, sendo considerada uma das doenças gastrointestinais crônicas mais comuns. O tratamento médico da doença é baseado na supressão do ácido gástrico por agentes como os inibidores da bomba de prótons (IBP), tidos como eficazes no controle imediato e de longo prazo dos sintomas, na manutenção da cicatrização esofágica e na prevenção de complicações. Contudo, diante do fato de que, em alguns pacientes, a terapia com IBP deve ser mantida ao longo da vida, comprometendo sua qualidade de vida, técnicas endoscópicas alternativas vêm sendo apresentadas, tais como a fundoplicatura sem incisão transoral (TIF). Método recente, a TIF é um procedimento endoscópico minimamente invasivo utilizado na reestruturação do ângulo de His, por meio da moldagem de uma espécie de válvula na junção gastroesofágica (JEG). Na prática, é feita uma fundoplicatura endoscópica que cria uma válvula de 270 graus e 3 cm de comprimento. Tal procedimento está indicado para pacientes que possuem DRGE refratário, hipotonia do esfíncter esofágico inferior, com hérnia de hiato menor do que 2 cm ou sem hérnia e que vem tendo sua eficácia comprovada. Diante disso, o objetivo do presente estudo é relatar a evolução de 6 casos de pacientes com DRGE submetidos à TIF, com ênfase na resposta clínica após 6 meses e 12 meses do procedimento.
DISCUSSÃO: Os principais achados nos casos relatados foram sintomas relacionados à DRGE, tais como pirose, pigarro, regurgitação e odinofagia. Dentre os exames complementares de diagnóstico de DRGE foram realizadas endoscopia digestiva alta (EDA), manometria esofágica e pHmetria. O uso de IBP foi observado em todos os casos. Todos os pacientes passaram pelo procedimento de TIF. Todos os pacientes apresentam melhora dos sintomas da DRGE após realização da TIF, com redução e/ou suspensão do uso de IBP após 6 meses e 12 meses. Estudos recentes vêm demonstrando que por até cinco anos após a realização da TIF, os sintomas da DRGE são reduzidos de maneira significativa e o uso de IBP é reduzido e/ou suspenso.
COMENTÁRIOS FINAIS: Enquanto procedimento endoscópico minimamente invasivo indicado no tratamento da DRGE, a TIF mostra-se eficaz a curto e longo prazo, capaz de reduzir e eliminar tanto os sintomas da doença como o uso de IBP, contribuindo para a saúde e qualidade de vida do paciente.