Dados do Trabalho

Título

Avaliação da visão da papila duodenal maior em endoscopia digestiva alta convencional

Introdução

Introdução: A endoscopia digestiva alta (EDA) é um exame do trato gastrointestinal destinado ao estudo do esôfago, estômago e duodeno. O duodeno é a primeira porção do intestino delgado, medindo cerca de 25 a 30 cm. A papila duodenal maior se localiza 3 a 4 cm distais do bulbo e é a estrutura anatômicas mais importantes do duodeno. A ampola de Vater é a parte do duodeno onde confluem e desembocam os ductos biliares e pancreáticos, e essa pode ser visualizada durante uma EDA. Apesar de serem raros, tumores malignos da papila duodenal tem prognóstico reservado, porém estão sendo cada vez mais diagnosticados pela ampliação da disponibilidade da endoscopia flexível, facilitando assim diagnóstico precoce. Infelizmente faltam trabalhos e estudos do uso da EDA auxiliando no diagnóstico de tais lesões, uma vez que são tumores de crescimento silencioso e de sintomatologia inespecífica. Objetivos: Determinar a frequência com que a papila duodenal maior é totalmente/parcialmente ou quando não é observada na endoscopia digestiva alta convencional. Métodos: Estudo descritivo, observacional e retrospectivo, que se utiliza de abordagens qualitativas e quantitativas, com base em banco de dados de exames de endoscopia digestiva alta em um hospital de referência, setor de Endoscopia Geral. Resultados preliminares: Foram avaliadas 203 endoscopias digestivas com 48,8% dos pacientes do sexo masculino e 51,2% do sexo feminino. Na comparação da visualização da papila maior em relação ao sexo não foi observado relação significante. 67,6 % das papilas maiores foram visualizadas totalmente, 32,4% foram realizadas parcialmente e apenas 10,3 % não foram visualizadas. A localização mais comum da papila duodenal é na segunda porção duodenal. A papila menor só foi visualizada em 3,4% dos pacientes. A alteração duodenal mais encontrada foi divertículo duodenal. Conclusão: Dessa forma podemos concluir que a visualização da papila duodenal maior é possível na maioria das endoscopias e deve ser inspecionada de forma rotineira, servindo na busca por lesões e também como mensuração na qualidade do exame.