XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

CIRURGIA BARIATRICA REVISIOSAL PÓS CIRURGIA DE SCOPINARO

Resumo

Introdução : No final da década de 70, Scopinaro desenvolveu sua técnica do by-pass jejuno ileal. A técnica, quando bem executada, apresenta perda de peso e desabsorção importante. Hoje , embora em desuso, encontramos pacientes submetidos à adaptações de tal técnica .
Objetivo: Apresentar o video de Cirurgia Bariatrica Revisional após Cirurgia de Scopinaro não convencional com complicações em boca anastomótica.
Metodos: Paciente do sexo feminino de 41 anos, submetida há 5 anos à Cirurgia de Scopinaro segundo informações relatadas. Desde o pós operatório inicial , paciente apresentou dores abdominais, que foram investigadas e tratadas com cirurgias diversas pela equipe de origem. Apresentou há 4 anos 2 episódios de úlcera gástrica, com relato de perfuração e tratamento conservador. Foi avaliada inicialmente por abdominal, inapetência, náuseas, distensão abdominal e fezes enegrecidas. Na admissão foi submetida à endoscopia que evidenciou úlcera de boca anastomótica em atividade, com sangramento ativo, classificação Sakita A2.
Foi submetida à Cirurgia Bariátrica Revisional. No intraoperatório foi evidenciado grande quantidade de aderências intra abdominais. Após a lise das aderências com pinça de energia harmônica, foi identificado um estomago com septação na altura do antro apenas, sem a Gastrectomia horizontal característica da Técnica de Scopinaro. A gastroenteroanastomose estava espessada , porem sem sinais de perfuração ulcerosa. A enteroanastomose estava a 100 cm da válvula íleo cecal, em bom estado, sem sinais de estenose ou complicações
Foi optado por realização de gastrectomia parcial e retirada do estomago excedente, com nova gastroenteroanastomose utilizando a própria alça de delgado que já ocupava o papel de alça alimentar, após enterectomia do segmento com sinais inflamatórios. Na revisão da cavidade abdominal não se encontravam outras anormalidades.
Conclusão: A paciente apresentou boa evolução iniciando dieta liquida no 1º dia pós operatório e recebeu alta no 5º dia pós operatório, com boa aceitação alimentar, com suplementação proteica, sem qualquer sintomas.
Ulceras de boca anastomótica são um complicação que devem ser tratadas com seriedade, e as dores associadas a tal servem como sinal de alerta para eventos desastrosos. A avaliação da necessidade de reconfecção da gastroenteroanatomose deve ser considerada. O emprego da técnica cirúrgica adequada, mesmo após anos da cirurgia inicial, mostrou bom desfecho nesse caso

Área

Cirurgia - Obesidade

Autores

Fernando Furlan Nunes, Danilo Dallago De Marchi, Barbara Costa Barros, Bruno Zilberstein