Dados do Trabalho
Título
ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR PANCREATITE AGUDA EM MINAS GERAIS NA FAIXA ETÁRIA DE 30 A 80 ANOS OU MAIS NA ÚLTIMA DÉCADA
Resumo
Introdução: Pancreatite aguda é a inflamação aguda do pâncreas (e, algumas vezes, dos tecidos adjacentes). Os fatores desencadeantes mais comuns são cálculos biliares e ingestão de álcool. A classificação do grau da pancreatite aguda é leve, moderada ou grave, de acordo com a existência de complicações locais e a insuficiência transitória ou passageira do órgão. Embora a mortalidade geral da pancreatite aguda seja baixa, a morbidade e mortalidade são significativas nos casos graves.
OBJETIVO: Traçar o perfil de mortalidade por pancreatite aguda em Minas Gerais entre 2010-2020.
Metodologia: Trata-se de um estudo do tipo epidemiológico, transversal, retrospectivo e descritivo, tendo, como base, informações disponíveis no Departamento de informática do Sistema Único de Saúde(DATASUS), referente aos anos de 2010 a 2020, em minas gerais.
Foram analisadas as variáveis cor/raça, sexo, regiões e faixa etária.
Resultados: Durante o período de estudo, foram registrados 2.818 óbitos no por pancreatite aguda no estado de Minas Gerais. Houve uma variação passando de 1,0 por 100 mil habitantes em 2010 para 1,5 por 100 mil habitantes em 2020. Em relação ao sexo, mostrou-se, um aumento progressivo no grupo masculino (63,8%), provalvelmente por maior envolvimento com fatores relacionados ao aparecimento da doença, como o uso crônico de álcool e medicamentos. Por seguinte, evidenciou-se, entre os casados (40%) das mortes, tendo em vista que a pancreatite aguda acentuou-se prevalentemente na faixa etária de 40 a 49 anos (19%), pois deles a maior parte encontra-se em cônjuge. Ademais, indivíduos autodeclarados brancos revelaram maior prevalência (45,2%), seguido de pardos (42,1%) dado atrelado ao perfil sociodemográfico dessa regiões afetadas, onde a maioria das pessoas com PA são brancas ou pardas. Destaca-se a maior prevalência de mortalidade em indivíduos com nenhuma ou com 1 a 3 anos de escolaridade (33,7%) representando um cunho social.
Conclusão: Os achados deste estudo apontam que a PA se constitui como um problema de saúde pública importante para Minas Gerais, com prevalência em indivíduos de 40 anos em diante, brancos e do sexo masculino, principalmente, onde devem ser estimuladas ações e políticas em saúde voltadas para prevenção em toda população.
Área
Gastroenterologia - Pâncreas e Vias Biliares
Autores
Lailson Joaquim da Silva, Gabriel Cruz Silva da Cruz, Reginaldo Freitas Ferreira, Gilglécia dos Santos Mendes, Maria Gabriela Freitas Viana, Tailane Cristina de Souza, João Gabriel Batista Simon Viana, João Vitor Xavier Santos, Gabriela Beatriz Coelho de Sousa, Pedro Felipe Miranda Badaró, Lara Pinheiro Arena, Erick Santos Nery, Pedro Lucas Bonfim Figuerêdo Farias, Maria Luisa Rocha Terencio, Ana Flávia Souto Figueredo Nopomuceno