XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

ESÔFAGO DE BARRETT COMO COMPLICAÇÃO DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO

Resumo

Introdução: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) configura-se atualmente como um problema de saúde pública devido à alta prevalência, evolução crônica, recorrência frequente e comprometimento da qualidade de vida. O esôfago de Barrett (EB) caracteriza-se pela substituição do epitélio escamoso normal que recobre o esôfago distal por um epitélio colunar devido à exposição intensa e prolongada do epitélio ao suco gástrico, tratando-se de uma complicação da DRGE de longa evolução. A grande preocupação causada pelo EB é a predisposição de suas células sofrerem alterações genéticas que estejam associadas ao adenocarcinoma. Objetivo: Compreender o EB como sequela da DRGE a longo prazo, sintetizando os mecanismos fisiopatológicos e suas alterações responsáveis pelos grandes impactos na saúde e qualidade de vida dos portadores desta doença, a fim de evidenciar a importância do diagnóstico precoce. Método: Realizou-se uma revisão de literatura em agosto de 2022, por meio de livros-texto de medicina e artigos publicados nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), United States National Library of Medicine (PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre 2015 e 2022, utilizando-se os descritores "esôfago de Barrett", "refluxo gastroesofágico" e "adenocarcinoma". Resultados: Visando o diagnóstico efetivo e precoce do EB, faz-se uma correlação entre os sintomas clínicos e os exames complementares. A endoscopia é utilizada para avaliar o epitélio colunar que recobre o esôfago e se relaciona ao exame histopatológico, por meio do qual se observa um epitélio colunar acompanhado de metaplasia, com aspecto rosa salmão e aveludado da nova mucosa característica do EB. A maioria dos pacientes que apresentam DRGE não possuem a preocupação de remediar esta enfermidade, evoluindo para o EB e, em casos de negligência a estas condições, pode-se enfrentar um pior prognóstico, como o câncer esofágico. Conclusão: Tendo em vista a recorrência do EB, é indispensável reconhecer o quadro clínico de pacientes com DRGE e diagnosticar rapidamente os casos que evoluem para metaplasia, o que permite identificar e prevenir grandes alterações fisiopatológicas com potencial causador de malefícios à vida dos portadores desta doença.

Área

Gastroenterologia - Esôfago

Autores

Gustavo Henrique Cabral de Paula, Eduardo Franco Correia Cruz Filho, Fernando de Paiva Melo Neto, Filipe Carlos Eudes Pinto Valério, Gabriela Cavalcanti Cunha Oliveira, Gabrielly Maria Mendes Barros, Glória Maria Diógenes Santiago Lima, Israel Lima Rodrigues, Maria Eduarda Correia Silva, Valeriano Soares Azevedo Júnior, Walérya Siqueira Batista Rodrigues, Matheus Dantas Gomes Gonçalves, Marinna Karla da Cunha Lima Viana Viana