XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

VACINAÇÃO CONTRA SARS-COV-2 EM UMA COORTE DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL

Resumo

Introdução: A vacinação é a melhor estratégia para enfrentamento da pandemia de COVID-19, entretanto, existe a preocupação com os efeitos colaterais das vacinas, assim como a não adesão dos pacientes ao esquema vacinal.
Objetivo: Avaliar a taxa de adesão à vacinação contra COVID-19 e possíveis efeitos colaterais entre os pacientes de doença inflamatória intestinal.
Metodologia: Estudo transversal, realizado em uma coorte de pacientes acompanhados no ambulatório de um hospital universitário, durante 1° semestre de 2022, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do hospital, com amostragem aleatória. Participaram dessa pesquisa, pacientes com doença inflamatória intestinal, maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. Foram coletados dados sociodemográficos e referentes à vacinação contra COVID-19: tipo de doença inflamatória intestinal, número de doses da vacinação contra COVID-19, fabricantes e efeitos colaterais referentes a cada imunização. A quantidade de doses no período de estudo foi de 1ª, 2ª e 3ª doses, ou dose única e reforço. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS, versão 22.0, nível de significância p<0,05.
Resultado: Dos 127 pacientes, 57,5% têm Retocolite ulcerativa (n= 73) e 42,5% Crohn (n= 54), sendo 62,2% sexo feminino (n= 79) e 37,8% masculino (n= 48), com média de idade de 44,79 (± 15,95) anos. Do total, 86% tomou três doses da vacina (n= 109), 11,0% tomou duas doses (n=14), 1,6% possuíam apenas uma dose e apenas 1,6% recusaram tomar a vacina (n= 2). Dentre as vacinas usadas temos: AstraZeneca (n= 63;49,6%), CoronaVac (n= 32;25,2%) e Pfizer (n= 27;21,3%). Em relação a dose reforço: Pfizer (n= 73;57,5%), seguida de AstraZeneca (n= 19;15,0%). Os pacientes relataram reações à vacina, sendo sintomas locais a reação mais presente (n= 34; 61,82%), seguida de febre/calafrio (n= 27; 49,10%), mialgia (n= 19; 34,55%) e cefaleia (n= 19; 34,55%). Mais de um terço da amostra não relatou sintomas nas duas primeiras doses e na dose de reforço da vacina (respectivamente, n=57; 4,9%; n= 55; 43,3%).
Conclusão: Os resultados preliminares mostram que houve boa adesão à vacina, a maioria dos pacientes tomaram as três doses (86%). Os efeitos adversos mais encontrados foram sintomas locais, febre/calafrio, mialgia e cefaleia, não ocorreu nenhum efeito grave.

Área

Gastroenterologia - Intestino

Autores

Maria Tereza Oliveira Pereira Santos, Raiza Lima Silva, Leonardo Freire Alves Nogueira, Sâmya Correia Marques, Victória Danielly Rabelo Almeida, Luiz Eduardo Soares Martins, Guilherme Martins Oliveira, Cezar Nilton Rabelo Lemos, Simão Barbosa Silva, Mateus Mendes Santos Freire, Thais Carvalho De Abreu, Francisca Isabelle Da Silva E Sousa, Gabriel Lucas Ferreira Da Silva, Lucia Libanez Bessa Campelo Braga, Marcellus Henrique Loiola Ponte De Souza