Dados do Trabalho

Título

Comparação entre próteses plásticas e próteses metálicas auto-expansíveis na drenagem endoscópica da obstrução biliar hilar maligna

Resumo

Introdução:

A obstrução biliar hilar maligna é causada por vários tipos de neoplasias, incluindo o colangiocarcinoma hilar, carcinoma hepatocelular, colangiocarcinoma intra-hepático, câncer de vesícula biliar e metástases. A colocação de stents biliares por via endoscópica é o principal tratamento paliativo em pacientes não candidatos a cirurgia, porém não há consenso quanto ao tipo de prótese a ser utilizada.

Objetivo:

O objetivo deste estudo foi comparar os resultados da drenagem endoscópica com o uso de próteses metálicas versus plásticas, quanto a sucesso clínico, reintervenções e sobrevida.

Métodos:

Estudo retrospectivo, realizado no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Foram incluídos todos os pacientes com obstrução biliar hilar maligna avançada e com classificação de Bismuth II a IV, submetidos a drenagem endoscópica entre janeiro de 2015 a dezembro de 2018, com seguimento até agosto de 2022. Considerado sucesso clínico à diminuição das bilirrubinas em 50% após 15 dias da drenagem endoscópica.

Resultados:

Foram avaliados um total de 59 pacientes (23 homens e 36 mulheres), 21 com diagnóstico de colangiocarcinoma hilar, 7 com carcinoma de vesícula biliar e 31 com tumores metastáticos. O sucesso clínico foi obtido em 33 pacientes (55.9%), sendo 18/26 (69,2%) naqueles submetidos a drenagem com próteses metálicas e 15/33 (45,5%) com próteses plásticas (p=0,067). O número de pacientes que não precisaram de reintervenções foi de 16/26 (61,5%) no grupo METÁLICA vs 22/33 (66,7%) no grupo PLASTICA (p=0,68), e a sobrevida mediana foi de 119 dias versus 40 dias, respectivamente.

Conclusões:

Houve uma tendência à superioridade das próteses metálicas em comparação às plásticas no sucesso clínico da drenagem biliar da obstrução hilar maligna. O número de pacientes que não precisaram de reintervenção foi semelhante em ambos os grupos, e o tempo de sobrevida mostrou-se maior nos pacientes com próteses metálicas.