Dados do Trabalho

Título

APENDICECTOMIA DE INTERVALO LAPAROSCÓPICA: UM RELATO DE CASO

Resumo

APRESENTAÇÃO DO CASO: PACIENTE LSI, SEXO FEMININO, 28 ANOS, NO 14º DIA PÓS-CESAREANA, COM HISTÓRIA DE DOR ABDOMINAL E INAPETÊNCIA HÁ 21 DIAS. MENCIONA INÍCIO DA DOR EM HIPOGÁSTRIO COM MIGRAÇÃO DA DOR PARA FLANCO E FOSSA ILÍACA DIREITA. FOI INICIALMENTE TRATADA COM ANTIBIOTICOTERAPIA, SEM MELHORA DO QUADRO. APRESENTAVA-SE EM REGULAR ESTADO GERAL, PROSTRADA, HEMODINAMICAMENTE ESTÁVEL, FEBRIL, COM PLASTRÃO EM FLANCO E FOSSA ILÍACA DIREITA, BLUMBERG POSITIVO. REALIZOU EXAMES DE IMAGEM QUE EVIDENCIARAM APÊNDICE CECAL DE CALIBRE AUMENTADO E PAREDES ESPESSAS, MEDINDO 1,4 CM, NOTANDO-SE EM SUA EXTREMIDADE DISTAL, COLEÇÃO LÍQUIDA COM FOCOS GASOSOS DE PERMEIO NO FLANCO E FOSSA ILÍACA DIREITOS, COM PAREDES ESPESSAS E SEPTOS DE PERMEIO, MEDINDO CERCA DE 11,1 X 10,5 X 9,7 CM (591,2 CM3), SUGERINDO ABSCESSO PERIAPENDICULAR. A PROPOSTA DE DRENAGEM DO ABSCESSO E ANTIBIOTICOTERAPIA SEGUIDA POR APENDICECTOMIA, APÓS REDUÇÃO DO PROCESSO INFLAMATÓRIO AGUDO, FOI AMPLAMENTE DISCUTIDA COMO ALTERNATIVA A CIRURGIA DE URGÊNCIA. O OBJETIVO ERA MINIMIZAR OS RISCOS DE RESSECÇÕES INTESTINAIS EXTENSAS NÃO PROGRAMADAS. PACIENTE FOI SUBMETIDA À DRENAGEM CIRÚRGICA DO ABSCESSO COM ALTA HOSPITALAR NO 5º DIA DE PÓS-OPERATÓRIO. RETORNANDO APÓS 5 SEMANAS PARA REALIZAÇÃO DE APENDICECTOMIA VIDEOLAPOSCÓPICA. PROCEDIMENTO OCORREU SEM INTERCORRÊNCIAS, COM ALTA HOSPITALAR NO 3º DIA DE PÓS-OPERATÓRIO. DISCUSSÃO: A APENDICITE AGUDA É PATOLOGIA COM ALTA INCIDÊNCIA E O TRATAMENTO CIRÚRGICO COM APENDICECTOMIA É A PRIMEIRA LINHA DE TRATAMENTO. ENTRETANTO, NOS CASOS DE APENDICITE COMPLICADA COM ABSCESSO PERIAPENDICULAR E FLEIMÃO, A CIRURGIA DE URGÊNCIA TEM SIDO ASSOCIADA AO AUMENTO DA MORBIDADE COM RESSECÇÕES CIRURGICAS EXTENSAS (COMO COLECTOMIA DIREITA OU RESSECÇÃO ILEOCECAL), TEMPO CIRURGICO MAIOR, INFECÇÃO DE FERIDA OPERATÓRIA, NECESSIDADE DE REOPERAÇÃO ENTRE OUTRAS COMPLICAÇÕES. A INCIDÊNCIA DE APENDICITE COMPLICADA COM ABSCESSO OU FLEIMÃO ESTA ENTRE 2-10% DOS CASOS. NESTE CONTEXTO, A PROPOSTA DE TRATAMENTO CONSERVADOR INICIAL COM DRENAGEM DO ABSCESSO ASSOCIADO A ANTIBIOTICOTERAPIA SEGUIDO POR APENDICECTOMIA DE INTERVALO APRESENTA-SE COMO ALTERNATIVA COM MENOR TEMPO CIRÚRGICO E MENORES ÍNDICES DE RESSECÇÕES CIRÚRGICAS EXTENSAS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O PRESENTE RELATO DE CASO CORROBORA OS ACHADOS DESCRITOS EM OUTROS ESTUDOS QUE VALIDAM O TRAMENTO CONSERVADOR SEGUIDO POR INTERVENÇÃO CIRÚRGICA EM SEGUNDO MOMENTO, REDUZINDO OS RISCOS DA INTERVENÇÃO CIRÚRGICA COM A RESOLUÇÃO DA ENFERMIDADE DO PACIENTE.