Dados do Trabalho
Título
Análise do conhecimento prévio sobre testes rápidos para triagem das Hepatites B e C
Resumo
Introdução: Os casos novos de hepatite C reduziram drasticamente após a inclusão de testagem para hepatite C nos bancos de sangue em 1993. Hoje, as infecções agudas acometem principalmente adictos a drogas ilícitas e profissionais de saúde. Apesar de a vacina para a hepatite B ter sido incluída no Programa Nacional de Imunização a partir de 1996, sua cobertura em adultos é ainda muito baixa, sendo essa infecção muito transmitida através da via sexual, vertical e parenteral. Cerca de 20 a 30% dos portadores crônicos de hepatite B e C evoluirão para cirrose e câncer de fígado. Segundo estimativa do Ministério da Saúde, menos de 20% dos portadores crônicos de hepatite B e C têm conhecimento da sua infecção, sendo fundamental a realização de campanhas de testagem. A realização de testes rápidos imunocromatográficos constitui alternativa fácil, rápida e de baixo custo para triagem da infecção pelos vírus B e C. Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento prévio sobre testes rápidos para triagem das hepatites B e C. Método: Trata-se de um estudo transversal descritivo realizado em um terminal rodoviário da cidade de Fortaleza-CE, durante campanha de testagem rápida para hepatites virais dos tipos B e C, nos dias 9 e 16 de julho de 2022. A amostra foi composta por transeuntes deste terminal, maiores de 18 anos, de ambos os sexos. Coletaram-se dados sociodemográficos e clínicos antes da realização da testagem. Resultados: Participaram da pesquisa 300 transeuntes, 62,3% do sexo masculino (n=187) e 37,7% do sexo feminino (n=113), com média de idade 47,47 anos (DP 15,96), predominando residentes de Fortaleza 68,69% (n=192). Os testes mostraram 0,66% (n=2) reagentes para o vírus da Hepatite C e 100% (n=300) não reagentes para o vírus da Hepatite B. Sobre o conhecimento prévio dos testes rápidos para Hepatite B e C, 62,26% (n=180) não conheciam os testes, 71,55% (n=205) os realizaram pela primeira vez, estes tinham média de idade de 48,75 (DP 15,44) anos. Realizaram os testes pela primeira vez e não conheciam os testes 48,89% (n=142). Conclusão: Conclui-se, então, que cerca de 62% dos participantes desconheciam as ferramentas de triagem diagnóstica para as hepatites em estudo. Outrossim, mais de 70% nunca tinham realizado a testagem, apesar da média de idade superior a 47 anos. Urge, portanto, que novas políticas de educação em saúde acerca dessa temática sejam ofertadas à população, a fim de evitar a transmissão e o desenvolvimento de complicações das hepatites virais.
Área
Gastroenterologia - Fígado
Autores
CEZAR NILTON RABELO LEMOS FILHO, SIMÃO BARBOSA SILVA, Mateus Mendes Santos Freire, Raiza Lima Silva, Leonardo Freire Alves Nogueira, Francisca Isabelle da Silva e Sousa, Maria Tereza Oliveira Pereira Santos, Sâmya Correia Marques, Victória Danielly Rabelo Almeida, Luiz Eduardo Soares Martins, Guilherme Martins Oliveira, Thais Carvalho de Abreu, Vivian Glória Coutinho da Silva, Pedro Henrique Araújo Marques, Sofia Gomes Correia, Melissa Macedo Peixoto Nascimento, Júlia Martins Marques Rocha, Lucas Arruda Mendes, Levi Bastos Gomes, Rian Victor Vasconcelos de Paula, Gabriele Cruz Monteiro, Ana Clara Silva Lima, Vinícius Tavares Morais, Igor Castelo Branco Fontenele, Gabriel Lucas Ferreira da Silva, Elodie Bomfim Hyppolito