XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

HÉRNIA HIATAL GIGANTE EM PACIENTE DE 91 ANOS - HIATOPLASTIA COM TELA

Resumo

Introdução:
Relato de caso de paciente idosa, 91 anos, com quadro de disfagia e perda ponderal, e que após adequado preparo pré operatório foi submetida a tratamento cirúrgico de hérnia hiatal com correção de estômago intratorácico e hiatoplastia com uso de tela com matriz sintética como reforço.

Objetivo:
(1)Ressaltar a possibilidade cada vez maior de tratamento cirúrgico adequado em pacientes idosos com segurança
(2)Demonstrar a técnica cirúrgica e o uso de tela sintética como reforço na hiatoplastia

Descrição do caso:
Paciente com quadro de disfagia progressiva, sialorréia e perda ponderal há 4 anos, com antecedentes de hipertensão arterial controlada e artrite reumatóide em tratamento. Não tinha cirurgias abdominais prévias, e ao exame físico apresentava exame sem alterações com IMC 19. Iniciado acompanhamento em Junho de 2020 durante a pandemia Covid-19, após internação por Insuficiência Renal Aguda decorrente de desidratação devido ao quadro de hiporexia e vômitos. Após diagnóstico de hérnia hiatal gigante com estômago intratorácico, foi realizada reabilitação nutricional (inicialmente com dieta enteral via SNE) e após melhora clínica mantido acompanhamento ambulatorial. Durante exames pré-operatórios, foi constatado além da hérnia hiatal, um quadro de Doença do Refluxo Gastroesofágico - phMetria de 24 horas com índice DeMeester de 132. Após melhora da pandemia de Covid-19, e liberação cardiológica, anestésica e pneumológica, a cirurgia foi realizada em Maio de 2022.

Procedimento cirúrgico:
A cirurgia foi realizada por via laparoscópica, sob anestesia geral, com uso de 2 trocateres de 11mm e 3 de 5mm, com uso de pinça de energia avançada. Foi realizada redução do conteúdo herniário para posição anatômica, hiatoplastia com tela sintética - dimensões de 8 x 6 cm - e fundoplicatura à Nissen. O tempo operatório foi de 2 horas e 10 minutos, sem intercorrências, e a paciente foi encaminhada à UTI para pós operatório imediato. Teve alta para enfermaria no segundo dia de pós operatório, e alta hospitalar no sexto dia. Evoluiu bem durante seguimento ambulatorial, mantendo acompanhamento até os dias atuais.

Conclusão:
É fundamental o preparo perioperatório adequado e a escolha de técnica cirúrgica adequada para otimizar os resultados cirúrgicos em pacientes idosos, tornando possível a resolução de patologias cirúrgicas nessa faixa etária com segurança.

Área

Cirurgia - Miscelânea

Autores

GUILHERME COSTA E SILVA, MATHEUS LEMES RODRIGUES, RAFAEL MELILLO LAURINO NETO