Dados do Trabalho

Título

TERAPIA ENDOSCÓPICA A VÁCUO EM PACIENTE SEM ACESSO NASAL

Resumo

Normalmente, a terapia endoscópica a vácuo do trato gastrointestinal superior é administrada através de uma sonda nasal. Este é um caso em que esta via de acesso não foi viável. Paciente do sexo masculino, 44 anos, com histórico prévio de carcinoma espinocelular extenso de lábio T4aN2M0, tratado com quimiorradioterapia neoadjuvante seguida de ressecção tumoral (incluindo rinectomia) com reconstrução do defeito cirúrgico em 2019, foi admitido por dor abdominal. A tomografia computadorizada mostrou grande pneumoperitônio. O paciente foi submetido à laparotomia exploradora e foi diagnosticada e suturada uma úlcera duodenal perfurada. Após 13 dias, devido à drenagem de alto volume de conteúdo entérico pelo dreno abdominal, foi realizada uma segunda cirurgia com colocação de uma sonda de gastrostomia pela perfuração duodenal e reposicionamento do dreno abdominal. Um mês após a última cirurgia, houve recorrência da drenagem entérica e o paciente foi submetido à endoscopia digestiva alta que demonstrou uma sonda de gastrostomia localizada na parede anterior do bulbo duodenal, que, ao ser desinsuflado, permitia a visualização de um defeito transmural e o dreno abdominal.
A sonda de gastrostomia foi removida. Uma sonda Levine de 14 Fr foi passada pelo dreno abdominal, fazendo um sistema Tube-in-tube Endoscopic Vacuum Therapy (TT-EVT) para terapia intracavitária. Além disso, foi realizada gastrojejunostomia endoscópica para descompressão gástrica e nutrição enteral.
Dentro de três semanas da primeira endoscopia, a fístula foi completamente fechada e a terapia a vácuo foi interrompida.