XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

IMPACTO DO USO DO I-SCAN COMO FERRAMENTA COMPLEMENTAR NO DIAGNÓSTICO DE ATROFIA DUODENAL

Introdução

Introdução: A endoscopia digestiva alta (EDA) com biópsias duodenais é um exame validado para identificação de atrofia. Estudos recentes apontam o uso do I-scan como ferramenta complementar potencial nessa investigação. As principais vantagens desse método são a facilidade técnica e redução de custos. A doença celíaca está entre as enteropatias mais estudadas e relaciona-se à inflamação e distorções arquiteturais da mucosa duodenal secundárias à ingestão de glúten. Outros diagnósticos como: infecções parasitárias ou pelo Helicobacter pylori, supercrescimento bacteriano, doenças inflamatórias intestinais, uso de anti-inflamatórios, devem ser considerados. Objetivo: Avaliar se o uso do I-scan associado às biópsias duodenais pode contribuir na prática clínica para a identificação de atrofia duodenal. Metodologia: Estudo observacional, realizado entre junho e outubro de 2022, em um Hospital de Ensino de São Paulo. Todos os pacientes com diarreia crônica ou suspeita de doença celíaca foram submetidos a uma avaliação endoscópica duodenal à luz branca e ao I-scan 1 (cromoscopia digital da Pentax medical), além de duas biópsias de bulbo e quatro de segunda porção duodenal, guiadas às áreas atróficas, quando presentes ao exame. O endoscopista classificou os achados como normal, atrofia parcial ou significativa. Resultados(parciais):Foram incluídos no estudo vinte e três pacientes, 17 do sexo feminino (73,9%). A diarréia foi a queixa mais relatada (65,2%). Identificou-se à cromoscopia digital três casos de atrofia parcial, sendo um confirmado ao estudo anatomopatológico, com significância estatística de 0,008. A EDA apresentou aspecto duodenal normal em 19 casos (82,6%) e outros achados descritos foram: bulboduodenite enantemática ou erosiva e um caso de serrilhamento de mucosa, cujos resultados ao I-Scan 1 e histológicos foram compatíveis com atrofia. Conclusão: Até o momento, o uso do I-scan como ferramenta complementar à EDA com biópsias duodenais auxiliou na melhor avaliação das vilosidades duodenais e em um caso ajudou a direcionar as biópsias para áreas atróficas com confirmação anatomopatológica. Em dois pacientes foi identificado atrofia parcial ao I-scan, sem confirmação histológica.

Área

Endoscopia - Intestino delgado

Autores

Christianne Damasceno Arcelino do Ceará, Mauro Lamelas Cardoso, Renato de Barros Ferreira, Rafael Hygino Rodrigues Cremonin, Luiz Rafael Leite, Lívia Maria Antunes Pinto Azevedo, Erico Pessoa Canal, Priscila Fernandez Contreiro