Dados do Trabalho

Título

PREVALÊNCIA DE LESÕES NA RETROVISÃO DE RETO EM COLONOSCOPIA DE RASTREAMENTO DE CÂNCER COLORRETAL

Introdução

INTRODUÇÃO:
Colonoscopia é o exame de imagem que permite a avaliação dos cólons , desde o reto até o
íleo distal. Permitindo a realização de procedimentos terapêuticos, biópsias e controle de
neoplasias e doenças. Com a manobra de retrovisão é aumentado a acurácia do exame afim
de melhorar a avaliação do reto distal à linha pectínea. De acordo com as diretrizes atuais,
adultos de risco médio que são assintomáticos e que não têm história familiar de primeiro grau
de pólipos no cólon ou câncer devem receber triagem para CCR aos 50 anos de idade e
posteriormente a cada 5-10 anos.

OBJETIVO:
Investigar a prevalência de lesões retais a manobra de retrovisão em colonoscopia de
rastreamento de câncer colorretal.
Determinar as lesões e alterações mais frequentes encontradas na retrovisão.
Correlacionar os achados na visão direta e na retrovisão.
Conhecer a taxa de complicações após retrovisão.

MÉTODO:
Estudo transversal, retrospectivo, descritivo, observacional de exames colonoscópicos em um
serviço de endoscopia da cidade de São Paulo no período de abril a maio de 2022. A avaliação
do reto distal foi realizada primeiramente sob visão direta com posterior reavaliação à
retrovisão. Foram excluídos exames com preparo inadequados ou com lesões já conhecidas de
reto.

RESULTADOS:
No presente estudo foram avaliados 100 pacientes, sendo 61 mulheres e 39 homens.
Na retrovisão foram observados os seguintes achados: 7 pacientes com pólipos hiperplasico,
sendo 2 em homens e 5 em mulheres; 6 pacientes com doença hemorroidária interna, sendo 3
em homens e 3 em mulheres; e 4 pacientes com papila hipertrófica, sendo 1 em homem e 3 em
mulheres.
Não foi detectedo nenhum adenoma à retrovisão.

DISCUSÃO:
O emprego da manobra de retrovisão na colonoscopia, no presente estudo, não apresentou
nenhuma intercorrência, se mostrando válido para complementar a avaliação do reto distal,
visto que não traga custo adicional ao exame. Conclui-se que a retrovisão aumenta o índice de
diagnósticos de alterações em reto distal, independentemente da idade, sexo ou antecedentes,
mas não aumentou a taxa de detecção de adenomas.