Dados do Trabalho

Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES DE PACIENTES COM GASTRITE E DUODENITE NO ESTADO DA BAHIA NOS ANOS DE 2008 ATÉ JUNHO DE 2022

Resumo

Introdução:
A gastrite é uma inflamação da mucosa interna do estômago, sendo os sintomas mais recorrentes: dor abdominal, azia, anorexia, vômitos e náuseas. Um dos principais fatores que desencadeia esses sintomas é a diminuição do pH estomacal, com intensa liberação de ácido clorídrico pelas células fúndicas. Já a duodenite é caracterizada como uma inflamação da região do duodeno (primeira porção do intestino delgado), podendo ser causada por hipersecreção de ácido clorídrico, consumo de bebidas alcoólicas e infecções bacterianas, especialmente pela Helicobacter pylori.
Objetivo:
Analisar o perfil epidemiológico do número de internações provocadas pela gastrite e duodenite nos anos de 2008 até junho de 2022.
Método:
O método utilizado consiste em um estudo epidemiológico de corte transversal, retrospectivo e quantitativo, através da análise de dados fornecidos pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) no seu endereço eletrônico (http://datasus.gov.br), o que não torna necessário submissão do projeto ao comitê de ética. As variáveis analisadas no estudo são: número total de casos com ênfase nos três municípios baianos que apresentam o maior número de registros, sexo e cor/raça. Os dados foram agrupados pelo programa Microsoft Office Excel 2007.
Resultados:
A partir da análise de dados, pode-se afirmar que a Bahia durante 2008 e junho de 2022 apresentou um total de 73.709 casos de gastrite e duodenite, tendo o município de Antas com maior número de casos registrados com 3.106 (4,21%) casos, o município de Barra do Estiva com 1.545 casos (2,09%) e Xique-Xique com 1.508 casos (2,04%). Em relação ao sexo, pode-se afirmar que o feminino apresenta 43.436 casos (59,16%) e o masculino 30.273 casos (40,84%). Em relação a cor/raça, têm-se o registro de 6.329 para pessoas brancas (8,58%), 2.629 para pretos (3,56%), 42.869 para pardos (58,15%), 756 para amarelos (1,02%), 29 para indígenas (0,039%) e 21.087 sem informação (28,651%).
Conclusão:
Desse modo, afirma-se que os municípios de Antas, Barra do Estiva e Xique-Xique possuem os maiores registros das inflamações, assim como a população feminina baiana e pessoas pardas. Sendo assim, têm-se como uma das propostas de o incentivo à redução do consumo de bebidas alcoólicas e a recomendação de uma dieta mais branda e fracionada, evitando o consumo de alimentos ácidos.