XXI Semana Brasileira do Aparelho Digestivo

Dados do Trabalho


Título

Análise Epidemiológica da Mortalidade por Câncer Gástrico no Brasil entre os anos de 2016 e 2020

Resumo

Introdução: O câncer gástrico (CG) é uma doença complexa e com diferentes formas de manifestação clínica e evolução. No Brasil, o CG é o terceiro tipo mais frequente no sexo masculino e o quinto no sexo feminino. Também constitui a segunda causa de óbito por câncer no mundo, com registro de mais de 900 mil novos casos ao ano. Dentre suas variedades, o adenocarcinoma é a lesão mais comum, representando 95% dos tumores malignos que acometem o estômago. Cerca de 3% dos CG são do grupo dos linfomas. Devido à extensão territorial do Brasil, peculiaridades regionais impactam diretamente sobre o diagnóstico, tratamento e prognóstico de pacientes. Nesse contexto, é pertinente que cada região possa atuar no combate ao CG, com as informações epidemiológicas e de mortalidade acuradas para decisão médica. Objetivo: Descrever e analisar a mortalidade por CG no Brasil, no período de 2016 a 2020. Método: Estudo de caráter epidemiológico acerca da mortalidade por CG no Brasil, realizado através de dados fornecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA). Acerca da coleta dos dados, foram utilizados os dados de mortalidade proporcional não ajustada entre os anos de 2016 e 2020, sendo analisados os dados do Brasil, do sexo masculino e feminino. Resultados: Através dos dados fornecidos pelo INCA, observou-se que em 2016 o número total de óbitos no Brasil foi de 1.309.774, sendo 14.651 por CG (1,12%), dos quais 64,32% no sexo masculino. Em 2017, o total de óbitos no Brasil foi de 1.312.663, dentre esses, 14.314 por CG (1,09%), sendo 64,31% no sexo masculino. Em 2018, 1.316.719 foi o total de óbitos no Brasil, sendo 14.762 por CG (1,12%), dos quais 63,58% em homens. No ano de 2019, o total de óbitos no Brasil foi de 1.349.801, dentre esses, 15.111 por CG (1,12%), sendo 63,76% no sexo masculino. Por fim, em 2020, 1.556.824 foi o total de óbitos no Brasil, sendo 13.850 por CG, dos quais 63,33% em homens. Conclusão: Em suma, o CG, apesar de não apresentar mortalidade comparada a outras comorbidades, como causas cardiovasculares, acomete uma parcela significativa da população, em especial a masculina, cuja prevalência é maior. Portanto, os dados obtidos reforçam ainda mais a necessidade de práticas efetivas que possam sensibilizar a sociedade sobre o problema, com foco prioritário na população masculina.

Área

Gastroenterologia - Estômago/Duodeno

Autores

Gustavo Henrique Cabral de Paula, Eduardo Franco Correia Cruz Filho, Fernando de Paiva Melo Neto, Filipe Carlos Eudes Pinto Valério, Gabriela Cavalcanti Cunha Oliveira, Gabrielly Maria Mendes de Barros, Glória Maria Diógenes Santiago de Lima, Israel de Lima Rodrigues, Maria Eduarda Correia da Silva, Valeriano Soares Azevedo Júnior, Walérya Siqueira Batista Rodrigues, Marinna Karla da Cunha Lima Viana, Matheus Dantas Gomes Gonçalves