Dados do Trabalho
Título
Análise Epidemiológica Comparativa entre as Regiões Brasileiras da Mortalidade por Neoplasias do Ânus e Canal Anal entre os anos de 2016 e 2020
Resumo
Introdução: Vários tumores malignos podem atingir ânus e canal anal, e embora representem uma pequena porcentagem dos tumores coloproctológicos, cerca de 1-2%, e cerca de 4% das neoplasias anorretais, sua incidência vem aumentando nos grupos de risco. A maioria dessas neoplasias (85%) concentra-se na região do canal anal, sendo o maior número de óbitos em pessoas do sexo masculino entre 60-69 anos de idade. Objetivo: Analisar a mortalidade por neoplasias do ânus e canal anal, no Brasil, no período de 2016 a 2020. Método: Estudo epidemiológico acerca da mortalidade proporcional não ajustada por Neoplasias do Ânus e Canal Anal no Brasil, realizado através de dados fornecidos pelo Instituto Nacional do Câncer. Foram utilizados os dados dos anos de 2015 a 2019, do Brasil e das cinco regiões brasileiras, individualmente e de forma comparativa. Resultados: No Brasil, em 2016, o total de óbitos foi de 1.309.774, sendo 415 por câncer de ânus e canal anal (0,03%), dos quais: 179 óbitos no Sudeste, 95 no Nordeste, 74 no Sul, 41 no Norte e 26 no Centro-Oeste. No ano de 2017, a mortalidade no Brasil foi de 1.312.663, sendo 460 por câncer de ânus e canal anal (0,04%), dentre esses, 215 óbitos ocorreram no Sudeste, 96 no Nordeste, 76 no Sul, 38 no Norte e 35 no Centro-Oeste. Em 2018, o total no Brasil foi de 1.316.719, dos quais 604 por câncer de ânus e canal anal (0,05%), sendo 257 óbitos no Sudeste, 154 no Nordeste, 103 no Sul, 61 no Norte e 29 no Centro-Oeste. No ano de 2019, a mortalidade no Brasil foi de 1.349.801, sendo 893 por câncer de ânus e canal anal (0,07%), dentre os 893 óbitos, 359 foram no Sudeste, 214 no Nordeste, 193 no Sul, 76 no Norte e 51 no Centro-Oeste. Por fim, em 2020, o total de óbitos no Brasil foi de 1.556.824, destes 1040 acarretados por câncer de ânus e de canal anal (0,7%), sendo 409 óbitos no Sudeste, 261 no Nordeste, 219 no Sul, 84 no Norte e 67 no Centro-Oeste. Outrossim, em todos os anos, observou-se uma predominância do sexo feminino, em relação ao quantitativo nacional, com maior acometimento em 2016 (66%) e menor em 2019 (56%). Conclusão: O câncer de ânus e canal anal é raro e têm apresentado um aumento gradativo durante os anos de 2016 a 2020, em todas as regiões do país, principalmente no Sul e Sudeste. Sendo assim, torna-se necessária a realização de mais estudos retrospectivos e prospectivos epidemiológicos e clínicos, visando uma melhora no rastreio e na condução clínica.
Área
Gastroenterologia - Miscelânea
Autores
Fernando de Paiva Melo Neto, Eduardo Franco Correia Cruz Filho, Filipe Carlos Eudes Pinto Valério, Gabriela Cavalcanti Cunha Oliveira, Gabrielly Maria Mendes de Barros, Glória Maria Diógenes Santiago de Lima, Gustavo Henrique Cabral de Paula, Israel de Lima Rodrigues, Maria Eduarda Correia da Silva, Valeriano Soares Azevedo Júnior, Walérya Siqueira Batista Rodrigues, Marinna Karla da Cunha Lima Viana, Matheus Dantas Gomes Gonçalves